Alegria para uns e transtorno para outros; esta tem sido a realidade da chegada da chuva em algumas cidades do Sertão pernambucano. De terça (24) para quarta-feira (25), o município de Araripina teve o maior índice pluviométrico de todo o estado, 88 mm, segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac).
A chuva em Araripina trouxe alguns transtornos para a população local. De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Ordem Pública do município, 250 pessoas, somente do bairro Zé Martins estão desabrigadas. Elas foram levadas para escolas no município. Já no bairro Universitário, quatro casas desabaram e muitas ruas apresentaram rachaduras.
O motorista, Josué de Carvalho Mendes, de 52 anos, contou que ficou assustado com o que viu pela cidade. Segundo ele, a destruição da chuva foi grande e os prejuízos ainda estão sendo contabilizados. “Agora no início da tarde que a água está começando a baixar, é que estamos percebendo como está a situação da cidade. Muita gente desabrigada, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar nas ruas fazendo atendimento à população”, disse.
O morador lembrou ainda que a chuva intensa começou por volta das 4h desta quarta-feira (25), ainda na madrugada, e durou cerca de 40 minutos. “Até às 7 horas ainda chovia, mas bem mais fraco, forte mesmo foi à noite”, explicou. O grupamento do Corpo de Bombeiros de Ouricuri e Salgueiro, também no Sertão, tiveram que se deslocar para Araripina com o objetivo de realizar os atendimentos à população.
Na cidade também houve queda de postes, o que interrompeu o fornecimento de energia em vários locais e instituições como a Agência do Trabalho. A gestão municipal ainda discute a possibilidade de decretar estado de calamidade por causa da chuva.
Maior índice acumulado no mês: De acordo com a Apac, na cidade de Santa Filomena já choveu duas vezes mais que o esperado para todo o mês de março, 318 mm enquanto a média é de 154 mm. A previsão para o Sertão pernambucano é de céu parcialmente nublado com pancadas de chuva de forma isolada e intensidade fraca a moderada, segundo a Agência. (G1)
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