Na contramão do mercado externo, o dólar comercial volta a ganhar força ante o real, nesta segunda-feira (27), e atinge o maior valor desde 31 de março de 2003. A moeda americana era negociada a R$ 3,355 na compra, às 10h54, alta de 0,26%. Na máxima, a divisa já atingiu R$ 3,382. Há 12 anos chegou a R$ 3,401.
As perdas elevadas na Ásia pressionam todos os índices do mercado acionário e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em terreno negativo com queda de 0,49%. A volatilidade, segundo o jornal O Globo, está elevada no pregão desta segunda-feira, com os investidores repercutindo o tombo nos mercados asiáticos - a Bolsa de Xangai fechou em queda de quase 8,5%, o maior recuo em mais de oito anos.
O dólar segue pressionado internamente, com investidores e analistas duvidando da capacidade do governo federal realizar o ajuste fiscal e o aumento do temor da perda do grau de investimento. Enquanto a moeda no Brasil ganha força, no exterior, a divisa cede. O “dollar index”, calculado pela Bloomberg e que leva em conta o comportamento de dez moedas, tem recuo de 0,55%.
Os investidores vão ficar de olho na decisão da reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, o BC americano), essa semana, já que é esperada ainda para 2015 a alta de juros nos EUA. Na quarta-feira, também sai a decisão dos juros no Brasil, onde é esperada uma elevação de 0,5 ponto percentual, para 14,25% ao ano.
Em queda: O tombo na Bolsa de Xangai, que caiu 8,48%, arrastando para baixo outras bolsas asiáticas e europeias, roubou a cena nesta segunda-feira. A Bolsa britânica perdia 0,79%, Frankfurt recuava 2,12% e Paris, 2,20%. Nos Estados Unidos o movimento é o mesmo. O índice Dow Jones cai 0,91% e o S&P 500 recua 0,33%. (Via: O Globo)
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