Dilma Rousseff reúne-se com os
governadores nesta quinta-feira. Na definição de um dos convidados da
presidente, será “o encontro da fome com a falta de comida.”
Como
assim?, estranhou o repórter. “Com os tesouros estaduais em petição de miséria,
os visitantes têm fome de dinheiro — um alimento indisponível na despensa de
Dilma. Com a credibilidade em ruínas, a anfitriã tem fome de estabilidade congressual.
Mas governador que pedir aos parlamentares apoio à impopularidade arrisca-se a
receber uma banana como resposta.”
No
convite aos governadores, Dilma informou que deseja discutir dois temas:
governabilidade e responsabilidade fiscal. Seus operadores políticos chamam o
entendimento desejado de “pacto pela governabilidade”. Dificilmente se
inventará um nome mais pomposo para papo furado.
Se
quisesse realmente ser tomada a sério, Dilma costuraria um entendimento nos
bastidores antes de subir ao palco, sob refletores. Mas ela precisa da foto.
Quer passar à opinião pública a impressão de que não é uma moribunda política.
Não
é a primeira vez que Dilma procede dessa maneira. Ela repete agora a mesma
coreografia de junho de 2013. Depois que os brasileiros foram às ruas para
informar que estavam de saco cheio, a presidente convidou a Brasília
governadores e prefeitos de capitais. Propôs cinco pactos. Ganha um doce quem
se lembrar de um.
Enquanto
a popularidade lhe sorriu, Dilma cultivou um tipo sui generis de diálogo, no qual ela obrigava o outro a
calar a boca. Hoje, isolada e impopular, a grande ambição de Dilma é a de
colher solidariedades que jamais plantou. (Via: Josias de Souza)
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