O primeiro dia da greve dos rodoviários, nesta terça-feira será de incertezas para o usuário de ônibus na Região Metropolitana do Recife. Apesar de o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE) determinar 70% de frota mínima nos horários de pico, motoristas, cobradores e fiscais adiantaram que não vão obedecer a decisão da Justiça. Ontem, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) entrou com o pedido de liminar para garantir o serviço. Os trabalhadores, no entanto, responderam que “haverá ônibus pela manhã, mas sem definir uma quantidade”.
A Justiça determinou reforço nos horários de pico, ou seja, das 6h às 9h e 16h às 20h. Nos demais horários, o TRT-PE estabeleceu que 50% dos ônibus devem circular durante a greve. O descumprimento do percentual determinado judicialmente pode acarretar em multa de R$ 50 mil por dia ao Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários Urbanos de Passageiros do Recife e Regiões Metropolitana da Mata Sul e Norte de Pernambuco. “Vamos colocar alguns ônibus para rodar pela manhã, mas não vamos garantir uma quantidade mínima”, disse o assessor de comunicação do sindicato, Genildo Pereira.
Por conta da greve, rodoviários e empresários não terão novas rodadas de negociação. O reajuste salarial e no auxílio-alimentação dos profissionais será definido pelo TRT-PE. Após seis reuniões com os patrões, os trabalhadores pediam 12% de aumento no salário e 60% no vale-alimentação (passando dos atuais 188,10 a R$ 300). As empresas ofereceram 9,5% e 27,6%, respectivamente.
O Grande Recife Consórcio de Transportes garantiu que fiscais do órgão estarão nas garagens das empresas para acompanhar o quantitativo de veículos em operação e irá priorizar o atendimento dos principais corredores da RMR como PE-15, BR-101/Norte e avenidas Norte, José Rufino, Mascarenhas de Morais, Abdias de Carvalho, Caxangá e Presidente Kennedy. Já a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU/ Metrorec) irá estender por mais uma hora o esquema de horário de pico no caso de necessidade, mas não aumentará a frota. (Diario de Pernambuco – Anamaria Nascimento)
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