A Caixa Econômica Federal rebateu
as declarações feitas pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo, de que o atraso
na entrega de 50 mil moradias já prontas para morar no âmbito do Programa Minha
Casa, Minha Vida está diretamente relacionado a problemas burocráticos e a
dificuldades na agenda do governo anterior, da presidente afastada Dilma
Rousseff.
Segundo a Caixa, as
casas somente são entregues após o cumprimento de todas as etapas e exigências
do próprio Ministério das Cidades, não tendo, portanto, nenhuma ligação com a
agenda oficial ou institucional de autoridades. De acordo com a instituição, os
trâmites estão contidos numa portaria ministerial e incluem, por exemplo, o
habite-se e a ligação das redes de energia, água e esgotamento sanitário.
“O Minha Casa Minha
Vida é um programa exitoso e já entregou mais de 2,5 milhões de moradias.
Somente em 2016, foram entregues 73.496 moradias, ou 525 unidades/dia. As
unidades somente são entregues em condições completas de habitabilidade para os
beneficiários. Por essa razão, que a terceira etapa do programa prevê
contratação de mais 2 milhões de unidades. Portanto, as entregas não dependem
de agendas institucionais”, informou a Caixa por meio de nota.
A instituição é
presidida por Miriam Belchior, indicada para o cargo pela presidente afastada
Dilma Rousseff. O ex-ministro das Cidades, Gilberto Occhi, que foi ministro da
gestão Dilma, deverá assumir a instituição no governo interino de Michel Temer.
A reação da Caixa
aconteceu após o Ministro Bruno Araújo afirmar em entrevistas que haviam 50 mil
unidades residenciais dentro do programa Minha Casa, Minha Vida prontas para
serem entregues, e “não inauguraram porque não tinha espaço na agenda”, declarou.
(Via: Pernambuco 247)
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