A Polícia Federal (PF)
está nas ruas para cumprir mandados referentes à 29ª fase da Operação Lava Jato
desde a madrugada desta segunda-feira (23) em Brasília, Pernambuco e no Rio de
Janeiro. Até as 7h14 não havia mais detalhes sobre a nova etapa.
A 28ª fase,
batizada de "Vitória de Pirro", foi deflagrada no dia
12 de abril. A investigação focou na cobrança de propinas para evitar
convocação de empreiteiros em comissões parlamentares de inquérito sobre a
Petrobras em 2014 e 2015.
Foram presos o
ex-senador Gim Argello, o assessor dele Paulo Cesar Roxo Ramos e o
secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal Valério Neves
Campos. Os dois últimos tiveram a prisão temporária vencida e foram soltos.
Gim cumpre mandado
de prisão preventiva e está detido no Complexo Médico-Penal, em Pinhais. Paulo
Roxo também está detido no complexo médico.
Gim, à época, era
membro da CPI no Senado e vice-presidente da CPMI, da Câmara e do Senado. Ele
foi senador entre 2007 e 2015. O nome da operação significa uma vitória obtida
a alto custo.
O nome de Argello
pareceu nas delações do senador Delcídio do Amaral (sem
partido-MS) e do dono da UTC, Ricardo Pessoa. O Ministério
Público Federal (MPF) diz que há
evidências de que o ex-senador pediu R$ 5 milhões em propina para a empreiteira
UTC Engenharia e R$ 350 mil para a OAS. As duas empresas são investigadas na
Lava Jato.
Os recursos foram
enviados a partidos indicados por Gim – DEM, PR, PMN e PRTB – na forma de
doações de campanha. O procurador Carlos Lima afirmou que o esquema de
travestir propinas em forma de doações aparentemente legais "já existe e
há muito tempo". (Via: G1)
Blog: O Povo com a Notícia