Criado na primeira gestão do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003/06), o Programa Bolsa Família
surgiu como uma espécie de ‘arrimo’ para pessoas em situação de pobreza – ou de
extrema pobreza. O valor do benefício é definido de acordo com o perfil de cada
família (entre R$ 85 e R$ 170), mas só recebe aquelas que estiverem devidamente
cadastradas em programas sociais do governo federal e dentro de uma série de
requisitos – entre estes, o de manter os filhos na escola. O problema é que nem
sempre o Bolsa Família está chegando para quem precisa.
O Ministério Público Federal (MPF) investiga cerca de 870 mil
beneficiários do programa, devido ao perfil econômico e social não bater com os
requisitos do Bolsa Família (as informações podem ser conferidas no site www.mpf.gov.br).
Desse quantitativo, 4,53% estão localizados no Estado de
Pernambuco, conforme dados estampados no link www.raioxbolsafamilia.mpf.mp.br.
Aprofundando ainda mais essas informações, a reportagem do
Blog confrontou os dados fornecidos pelo Portal da Transparência da Prefeitura de Petrolina com os nomes de todos os
servidores (efetivos, contratados e comissionados), e constatou o
pior: em agosto deste ano, 264 servidores da administração municipal receberam
o benefício, e no mês de setembro esse número reduziu para 142. Desses
beneficiários, há casos de servidores com remuneração líquida de R$ 2.605,00
e outros passando dos R$ 3 mil – os quais não poderiam estar
recebendo Bolsa Família.
Falha: A reportagem do Blog do Carlos Britto entrou em contato no dia de ontem (21)
com a prefeitura para saber se houve algum tipo de falha no sistema de
cadastramento do programa, que incluiu pessoas com salários bem acima dos
critérios determinados pela prefeitura. A equipe
também procurou o Ministério Público Federal (MPF) em Petrolina sobre o
assunto.
Blog: O Povo com a Notícia