Já entupida de processos por não conseguir reduzir estoques de anos
anteriores, a Justiça do Trabalho deve contabilizar em 2016 mais de 3 milhões
de novas ações, o que reforça o status do Brasil de país com o maior número de
reclamações trabalhistas, de acordo com informações do Estadão.
A minirreforma trabalhista apresentada pelo governo neste fim de ano
deve, contudo, reduzir as queixas, pois muitos dos argumentos usados nas ações,
oriundos de acordos coletivos não reconhecidos pelo Judiciário, passarão a ser
lei. Com isso, a chamada “indústria de reclamações”, como define o professor da
USP, Hélio Zylberstajn, será enfraquecida.
O jornal detalha que hoje, além da crise que fez crescer as demissões –
e com elas as demandas judiciais –, há forte assédio de escritórios de
advocacia para que o trabalhador recorra à Justiça. Os advogados ficam com 20%
a 30% do valor recebido na ação.
Segundo o próprio ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives
Gandra Martins Filho, sempre que o trabalhador vai à Justiça, ganha alguma
coisa.
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