De
janeiro a novembro, foram registradas 130 explosões a banco no estado. Atacadas por bandidos, agências acabam fechando ou
diminuem serviços.
Vídeo:
As explosões de caixas
eletrônicos que o Brasil se habituou a ver em todos os cantos do país acabaram
impondo uma dificuldade enorme para milhares de cidadãos.
O dia amanhece e a fila em frente aos Correios já está
grande. A agricultora Cleonice Maria da Silva conseguiu ser a primeira, mas,
para isso, ela madrugou.
Os Correios têm sido a opção para os moradores de Cupira, no
agreste de Pernambuco. No único bando da cidade não é possível fazer saques
desde abril, quando a agência foi parcialmente destruída durante um assalto.
Em Pernambuco, de janeiro a novembro deste ano, foram 130 de
explosões a bancos, de acordo com a Secretaria de Defesa Social. Com os
estragos, as agências demoram a reabrir e, quando isso acontece, os clientes
têm à disposição só alguns serviços. “Renovar cartão, senha, só isso.
Movimentação com dinheiro só nos Correios, quando tem. Quando não tem, a gente
vai pra outro canto”, conta o agricultor Aparecido José dos Santos.
O problema é que os bandidos também não pouparam bancos que
viraram segunda opção. Um dos casos mais recentes em Pernambuco aconteceu em
uma agência no município de Panelas, também no agreste do estado. O banco vinha
sendo usado como alternativa para os moradores dos municípios vizinhos, mas
depois do que aconteceu o atendimento também foi suspenso.
Os aposentados que estão com o cartão vencido e solicitaram
um novo, agora, só podem pegá-lo em uma agência de outra cidade. “Ela é uma
idosa que não anda, usa fralda descartável, tudo é no cartão dela”, diz a
estudante Maria José da Silva.
Em Xexéu, na zona da mata de Pernambuco só tem uma agência.
Desde a explosão, o caixa eletrônico está sem funcionar.
A circulação de dinheiro nessas cidades diminuiu e o comércio
enfrenta dificuldades. “As pessoas que vão receber fora acabam lá mesmo
comprando o que tem de comprar. E a gente fica sem vender”, lamenta a
comerciante Maria Lúcia Almeida. (Via: G1 - Vídeo canal youtube Agreste Violento)
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