Por Cristiano Carlos
O Novo Ensino Médio, que foi sancionado pela Presidência da República em
fevereiro, deve abrir mais espaços na grade curricular para possivelmente
oferecer cursos profissionais aos estudantes. De acordo com dados do Censo da
Educação Básica, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira, o INEP, apenas 9% das matrículas
realizadas no Ensino Médio são em cursos profissionalizantes.
Além disso, entre os estudantes do ensino regular do país, apenas 10% têm
acesso a disciplinas de cursos técnicos profissionais, como explica o senador
Armando Monteiro, do PTB pernambucano. “No Brasil, apenas 10% dos alunos do
ensino médio cursam matérias do ensino técnico. O ensino técnico termina-se
construindo no ensino de passagem e não em uma etapa de formação, que pode ser
uma etapa já conclusiva, habilitando o jovem a ter uma profissão.”
O Novo Ensino Médio prevê que o aluno interessado em fazer curso técnico
profissional possa se formar sem a necessidade de estudar em horários
alternativos, ou seja, quando se formar no ensino regular, ele também estará
apto a exercer uma profissão. A ideia é que todos os estados possam oferecer em
suas escolas o ensino técnico de forma permanente, como lembra o
Coordenador-Geral de Ensino Médio do MEC, Wisley Pereira. “Ter outras opções
dentro das possibilidades do ensino médio, como o ensino técnico e
profissional, é tentar também atender os projetos de vida dos estudantes. Mas,
caberá isso ao sistema de ensino a produzir o ensino técnico e profissional já
na matriz do Ensino Médio.”
De acordo com estudo encomendado pelo Senai, profissionais técnicos ganham
salários até 18 por cento a mais quando comparados aos vencimentos dos
profissionais formados no ensino regular, em todos os estados do país.
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