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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Comissão de Justiça aprova pacote de mudanças em órgãos policiais


Comissão de Justiça analisou e aprovou, nesta terça (28), 17 proposições de autoria do Poder Executivo. Sete das propostas acatadas têm relação com as polícias Científica, Civil e Militar: ampliam a estrutura dos órgãos para o Interior, alteram a organização administrativa das corporações e preveem melhores bolsas para agentes em formação.

Entre as medidas, está prevista a criação de nove delegacias de repressão ao narcotráfico, nas cidades de Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana; Goiana e Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata; Caruaru e Garanhuns, no Agreste; e Arcoverde, Serra Talhada, Ouricuri e Petrolina, no Sertão. Atualmente, existem apenas três delegacias especializadas em coibir o comércio ilegal de drogas no Estado, todas sediadas na Capital e na Região Metropolitana.

“De todo esse pacote de combate à violência, essa é a iniciativa mais importante”, definiu o relator dessa e de outras proposições, deputado Antônio Moraes (PSDB). O parlamentar lembrou que, segundo levantamentos da Secretaria de Defesa Social, a maior parte dos crimes violentos em Pernambuco têm alguma relação com o tráfico de entorpecentes. “Se essas delegacias forem bem aparelhadas, em alguns anos veremos queda no número de assassinatos”, estimou.

Moraes também relatou a matéria que expande os serviços da Polícia Científica em direção ao Interior. Responsável pelas perícias criminais, a instituição deve passar a ter unidades regionais, subordinadas à gerência-geral do órgão, em quase todas as regiões do Estado – com exceção dos sertões Central (que já conta com uma unidade do Instituto de Criminalística) e de Itaparica. A mesma medida também cria, na estrutura da Polícia Científica, o Instituto de Genética Forense Eduardo Campos.

Mais mudanças dizem respeito à administração da Polícia Militar. Pretende-se dar mais eficiência a processos internos – conforme a justificativa do Poder Executivo – ao se instituir a Diretoria de Planejamento Operacional, o Centro de Treinamento Tático e o Centro de Recrutamento e Seleção de Pessoal. Outra alteração quer subordinar a Diretoria de Articulação Social e Direitos Humanos à Diretoria de Planejamento Operacional, e vincular todos os órgãos setoriais da corporação à Diretoria Geral de Administração. Ainda devem passar por modificações pontuais o Batalhão Integrado Especializado, a Companhia Independente de Música da Polícia Militar e o novo Centro de Educação Física e Desportos.

O pacote também prevê incremento dos auxílios pagos, durante os cursos de formação, aos candidatos a policiais e a bombeiros militares – que passará de até R$ 976 para até R$ 2,2 mil – e aos postulantes aos cargos da Polícia Civil – que hoje é de até R$ 1,2 mil e que, igualmente, poderá chegar a R$ 2,2 mil.

Emenda para garantir que os novos valores fossem pagos retroativamente a participantes dos cursos em andamento desde outubro, apresentada por Edilson Silva (PSOL), foi rejeitada por unanimidade. “É inconstitucional por legislar sobre matéria financeira”, explicou o relator Antônio Moraes. “O volume de textos que analisamos hoje voltados à segurança pública confirma o compromisso do governador Paulo Câmara com essa temática”, sublinhou Lucas Ramos (PSB)

Discussão adiada – Foram retirados da pauta desta terça oito propostas, entre elas a que visa criar uma mesa permanente de negociação entre servidores e secretários do Governo do Estado, e a que pretende estabelecer uma instância gestora da Região Metropolitana do Recife – conforme exigências da legislação federal sobre as cidades.

O adiamento das discussões (também foi concedida vista a um projeto de lei) aconteceu por acordo entre líderes de bancadas, pontuou o presidente da Comissão de Justiça, deputado Waldemar Borges (PSB). Na semana passada, oposicionistas haviam protestado contra a quantidade de matérias de autoria do Poder Executivo, enviados no final do ano legislativo e que tramitam em regime de urgência – quando o rito para a apreciação das matérias é mais curto.

“Garantimos naquela oportunidade que nenhum assunto deixará de ser debatido em função do regime de urgência”, lembrou Borges. “Dado esse compromisso, deixamos de pautar algumas proposições e estamos propondo a retirada de pauta de outros temas sensíveis para os parlamentares e para setores da sociedade”, pontuou. Nenhum membro da Oposição participou da reunião. (Via: Alepe)

Blog: O Povo com a Notícia