Uma inspeção feita hoje (25) pelo
Ministério Público na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica,
flagrou alimentos incomuns no cardápio do sistema penitenciário. Na unidade,
estão presos os ex-governadores Sérgio Cabral e Rosinha Garotinho, a
ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, outros políticos, assessores e empresários,
muitos deles investigados pela Operação Lava Jato.
Na inspeção, as promotoras de Justiça Andrea Amin e Elisa Fraga
encontraram alimentos não permitidos na cadeia, como iogurtes, queijos,
castanhas, frios diversos, camarão e até bolinhos de bacalhau, itens que não
podem ser consumido na penitenciária, que possui cantina com comida própria.
O MP vai comunicar o fato à 7ª Vara Federal Criminal e à Justiça Eleitoral
de Campos dos Goytacazes, responsáveis pelas prisões dos réus flagrados com
alimentos irregulares em suas celas, para serem adotadas as medidas cabíveis.
Os servidores da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) que
tenham colaborado para a entrada da comida também serão responsabilizados.
Outro lado
Em nota, a defesa de Sérgio Cabral criticou a operação feita na
carceragem. "Sérgio Cabral já é perseguido até pelo que come. Daqui a
pouco será pelo que pensa", diz a defesa. Além de afirmarem que a medida
foi ilegal e atingiu a dignidade e a imagem do ex-governador, os advogados
ironizaram a iniciativa do Ministério Público: "É lamentável se ver a
mobilização de todo o aparato estatal em perseguição ao cardápio de um detento.
Parecia que o Ministério Público tinha coisas mais importantes a fazer no
Estado do Rio de Janeiro, que fiscalizar comida de presídio". (Via: Agência Brasil)
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