Menos barulhento do que um
pequeno secador de cabelo, o primeiro caminhão
100% elétrico do Brasil poderá ser recarregado em uma tomada,
como um celular.
O e-delivery, da Volkswagen, foi
apresentado em Porto Alegre nesta
segunda durante o 35º Encontro Econômico Brasil-Alemanha, e vai circular a
partir de 2018.
Silencioso e sem emitir poluentes, o e-delivery vai gerar
energia para suas funções até mesmo a partir do uso do freio. Isso
porque o veículo foi desenvolvido para rodar em meio
urbano, especialmente para entrega de cargas. O popular “freia
e arranca” dos caminhões de carga e descarga vai ajudar o carro a se movimentar
nas ruas.
A bateria do modelo consegue aguentar um dia inteiro nesse
tipo de função, com autonomia de 200 km. “Um caminhão com uso urbano percorre
de 60 a 100 km por dia, aproximadamente”, disse a VEJA Mithermayer Menabó
Júnior, gerente da área de Elétrica da MAN, fabricante da Volkswagen.
A ideia é que o caminhão seja usado durante o dia para
entregas e recarregue a bateria à noite. Em cerca de quatro horas a bateria
está carregada. O caminhão não foi planejado para transporte de cargas em
estradas, mas para ser usado na cidade.
A
primeira empresa a adotar o caminhão elétrico da Volkswagen é a Ambev, que vai usar dois veículos e-delivery nas ruas de São Paulo para distribuir cervejas e refrigerantes da marca em
mercados, padarias e restaurantes de São Paulo. Segundo o engenheiro alemão
Andreas Renschler, presidente e CEO mundial do Grupo Volkswagen Truck &
Bus, o caminhão deverá ser comercializado em grande escala a partir de 2020 com
capacidade para transportar cargas em modelo de nove ou onze toneladas.
“São Paulo é a cidade típica em
que o trânsito para e anda. Vamos aprender com o uso e adaptar para a produção
em série do e-delivery”, disse Roberto Cortes, presidente e CEO da MAN Latin
America.. De acordo com Cortes, a expectativa é que a bateria tenha durabilidade de cinco a oito
anos. Por enquanto, as baterias do tipo íon-lítio LiFePO4 foram
fabricadas na China, mas Renschler garante que a Volkswagen está em busca de
parceiros da área de energia, no Brasil, para fabricá-las. Todas as outras
peças e partes do caminhão são brasileiras.
Por ser elétrico, o e-delivery tem 30% menos peças que um
caminhão normal, segundo Leandro Siqueira, diretor de Desenvolvimento de
Produto da MAN, e pode passar por manutenção em uma oficina mecânica “normal”.
Apenas a bateria exige cuidado especializado. (Via: Veja)
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