O deputado federal Paulo Maluf
(PP) se entregou à Polícia Federal em São Paulo na manhã desta quarta-feira
(20) um dia após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF),
determinar o “imediato início” do cumprimento da pena de 7 anos, 9 meses e 10
dias de prisão, imposta pelo tribunal por supostos desvios praticados por Maluf
na Prefeitura de São Paulo.
Segundo o G1, o ex-prefeito saiu de casa por volta das 8h20 e chegou à
sede da Polícia Federal na Lapa, Zona Oeste de São Paulo, pouco antes das 9h.
Na condenação, o STF determinou que a pena começará no regime fechado, sem
possibilidade de saída durante o dia para trabalho. A sentença também
determinou a perda do mandato de deputado.
A assessoria do deputado informou que ele não se manifestará sobre a
condenação. O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro informou em nota que
recorrerá à presidência do Supremo.
Nota da defesa
Leia abaixo a íntegra de nota do advogado de Maluf, Antonio Carlos de Almeida
Castro, o Kakay:
O Ministro Fachin em uma decisão monocrática e, com todas as vênias,
teratológica, negou seguimento aos Embargos Infringentes, que é um recurso
aceito de maneira pacífica no Supremo. Foi amplamente aceito no famoso
“mensalão”.O Dr Paulo teve um voto favorável tanto na preliminar quanto no
mérito. É evidente o seu direito de submeter a sua irresignação ao Plenário do
Supremo.
Esta decisão do ministro Fachin vem ao encontro deste momento punitivo e
dos tempos estranhos pelos quais passamos. Confiamos que a Presidência do
Tribunal devolverá o direito do Deputado de ver seu recurso ser analisado pelo
Pleno do Supremo. Ainda não tivemos acesso a decisão pois o Supremo entrou hoje
em recesso. A notícia que temos é que poderemos tomar ciência da decisão
somente no dia 8 de Janeiro. Iremos recorrer à Presidência do Supremo.
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