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domingo, 11 de fevereiro de 2018

Enquanto isso... Segóvia é culpa de Temer


De bobo, Temer não tem nada. Conserta relógio usando luvas de boxe. De refratário ao que se passa fora da caixa onde vive em berço esplêndido, tem de tudo – como, de resto, os demais políticos de sua geração.

Não pode ser bobo quem conspirou com êxito para derrubar uma presidente, assumir seu cargo, aprovar medidas impopulares no Congresso, e safar-se de duas denúncias de corrupção.

Mas avesso à vida real é de fato o presidente que recebe em audiência empresário encrencado com a Justiça, tem como assessor deputado da mala e nomeia para ministra do Trabalho cidadã de reputação duvidosa.

Salve, Temer! – por ter posto na Polícia Federal um diretor-geral para chamar de seu. Em compensação, como esperteza em excesso engole o esperto, ele arrisca-se a ser alvo de mais uma denúncia de corrupção.

Pois essa poderá ser a principal consequência da entrevista concedida por Fernando Segóvia à agência Reuters. Segóvia precipitou-se em inocentar Temer em inquérito conduzido pela Polícia Federal. Foi a segunda vez.

Não deveria tê-lo feito. Não poderia tê-lo feito. Primeiro porque o inquérito está longe de ser concluído. Segundo porque a Polícia Federal é um órgão do Estado, não do governo, e assim deve se comportar.

E assim tem-se comportado há tempos, constrangendo uma Justiça lerda por natureza e cega por conveniência, animando os que desejam que a lei seja aplicada a ricos e pobres, negros, pardos e brancos.

Culpa de Segóvia, estamos de acordo, afilhado de José Sarney, Renan Calheiros e outros nomes do PMDB. Mas culpa original de Temer, incapaz de entender que o país mudou apesar dele e dos seus semelhantes. (Via: Veja)

Blog: O Povo com a Notícia