Jacaré
aparece na porta de uma residência após chuvas em Petrolina
Após o atropelamento de um jacaré
na Avenida Sete de Setembro, em Petrolina, no Sertão pernambucano, na noite dessa última quarta-feira
(21), muito se comentou sobre os perigos que o animal poderia trazer à
população. Vistos constantemente em lagoas de estabilização da cidade, os
répteis vivem em busca de um local para viver após ações do homem interferirem
em seu habitat.
Segundo o Zootecnista Luís
Fernando Bezerra, o que acontece especificamente na Avenida Sete de Setembro é
que a lagoa de estabilização foi construída em um local onde era um riacho
contínuo que os animais utilizavam para seguir para o rio. “Os animais tinham
livre acesso do rio para chegar a esse riacho e vice-versa. Eles sempre faziam
esse percurso, principalmente no período das chuvas, para encontrar mais
abundância de alimentos, um abrigo melhor para se proteger. O fato dos jacarés
aparecerem nas redondezas, é porque o animal está procurando essa rota, esse
caminho”.
A respeito do risco que o
animal poderia oferecer à população, Luís Fernando explica que é muito difícil
um animal como o jacaré atacar uma pessoa e quando acontece, o que é raro, é
somente para se defender de ataques humanos. “Uma coisa é o animal oferecer
risco, outra é o animal causar perigo. Ele nunca vai sair do seu local para
atacar o ser humano, pois ele só está em busca de alimento, que nunca vai ser
uma pessoa. O animal não oferece risco algum, se você não interferir na vida
dele”, afirmou.
O zootecnista esclareceu ainda
que a população não deve matar o animal por medo, basta tomar algumas medidas
para preservar a vida do bicho, que é, na verdade, vítima da ação
humana. “Quando a gente diz que o animal causa um perigo para a população,
causa uma visão ruim do animal. Na primeira oportunidade que a população tiver
de sacrificar um animal desse, ela vai fazer isso, o que é errado. Por isso é
necessário esclarecer essa situação”, afirmou. (Via: blog do Waldiney Passos)
Blog: O Povo com a Notícia