As
águas da Transposição do Rio Francisco também alimentarão a cidade de Custódia,
no Sertão do Estado. O novo Sistema Adutor será construído pela Companhia
Pernambucana de Saneamento (Compesa), que realizou nesta semana a disputa de
preços para saber qual empresa vai realizar a obra. Segundo o presidente da
estatal, Roberto Tavares, a expectativa é que o contrato seja assinado com a
vencedora do certame no começo do mês de outubro.
A obra de ampliação do Sistema de Abastecimento de Água de
Custódia foi um dos nove projetos selecionados pelo governador Paulo Câmara,
após pedido do Prefeito Manuca, que considerou essa obra a mais importante para
o Município. O investimento será custeado com empréstimo do Estado junto ao
FGTS. “O governador Paulo Câmara solicitou que os técnicos da Compesa
encontrassem uma solução para atender a cidade de Custódia, que tem sofrido com
a grave seca que já dura sete anos consecutivos”, explicou Tavares.
A obra consiste na construção de uma estação elevatória
(sistema de bombeamento), no distrito de Rio da Barra, em Sertânia, e de uma
adutora de 23 quilômetros de extensão, às margens da BR-232, que transportará
água do Rio São Francisco para a cidade de Custódia. Também será construída uma
nova estação de tratamento de água, específica para o atendimento a Custódia.
“A unidade terá a capacidade para tratar 85 litros de água por segundo, vazão suficiente
para suprir às necessidades da população do município.
Para garantir os
investimentos necessários para viabilizar a obra, o presidente da Compesa,
Roberto Tavares, lembra do esforço do corpo técnico da companhia em elaborar
projetos com antecedência. “Os nossos técnicos têm se desdobrado na elaboração
de projetos que visem garantir água nas torneiras dos pernambucanos e que
ajudem o governador Paulo Câmara a captar os recursos necessários para
viabilizar as obras”, acrescentou o presidente.
O município de Custódia é atendido atualmente pelo manancial
de Marrecas, que tem a capacidade armazenar 21 milhões de metros cúbicos de
água, mas se encontra em pré-colapso. “Com o novo Sistema Adutor de Custódia, a
cidade não ficará mais dependendo exclusivamente das chuvas. Independente dos
ciclos de seca, teremos água do Rio São Francisco”, argumentou Roberto Tavares,
pontuando que o projeto é uma antiga reivindicação das lideranças e moradores
do município. A obra tem prazo para conclusão em 12 meses, a partir da
assinatura da ordem de serviço.
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