O clima de comoção com a tragédia
ocorrida na manhã desta terça-feira (25), por conta de um grave acidente automobilístico na BR-428, que deixou um saldo de quatro pessoas mortas, tomou conta
do Hospital Universitário (HU) em Petrolina, para onde alguns sobreviventes
foram encaminhados. Ainda abalados, familiares e amigos das vítimas lamentaram
o episódio.
Um deles é Carlos Antônio, mais conhecido por ‘Carlinhos de
Orocó’. Residindo em Petrolina, ele disse ter tomado conhecimento do acidente
por volta das 7 da manhã, através de um grupo de WhatsApp. “Assim que soube, corri para o hospital. Graças a Deus
vi vários sobreviventes saindo, mas infelizmente perdermos quatro pessoas da
mesma cidade. Eu conhecia todos, sem exceção. Orocó hoje está parada, de luto”,
afirmou, tentando conter as lágrimas.
Até o momento, as vítimas mortas no acidente, já
identificadas, são todas mulheres: Valdete Dias de Souza Menezes, Taísa Lima
Menezes, Maria Elionor Abade Silva (61 anos) e a garotinha Yolanda Alves Silva
(2 anos). Um quinto óbito foi confirmado no HU, mas a pessoa ainda não havia
sido identificada.
Por meio de sua assessoria, a direção do HU informou ter
recebeu 11 sobreviventes na manhã de hoje. Os casos mais delicados foram de
Lídia MurieIle Alves da Silva (30 anos), que passou por exames que detectaram
uma fratura no antebraço esquerdo. Posteriormente ela passará por cirurgia
ortopédica. A outra paciente é Maria Cavalcante Leão Gomes (61 anos), que
precisou passar por uma cirurgia abdominal de urgência, encerrada há pouco.
Ela, agora, vem sendo acompanhada pela equipe médica.
A orocoense Adriana de Menezes Amando Cavalcante, que também
mora em Petrolina, é prima de Marcelo Amando Crateú – o condutor da van que
colidiu contra uma caçamba nas proximidades da Serra da Santa. A maioria das
vítimas, incluindo as quatro mortas, vinha na van para Petrolina.
Segundo Amanda, seu primo passou por uma cirurgia em outro
hospital da cidade, juntamente com o filho, o qual teve parte do braço esmagada
no acidente. Ambos estariam fora de perigo. “Ficamos muito tristes, até porque são nossos familiares e
nossos conterrâneos”, desabafou Amanda, que perdeu a prima Taísa e
uma concunhada, Valdete, mais conhecida por ‘Deta’. Ela era esposa de outro
primo seu (já falecido).
Justiça
Amanda conta que o condutor da van “era muito responsável”, e já ficou provado que a
culpa do acidente não foi dele, mas do motorista da caçamba. “Marcelo fazia esse trajeto de Orocó para Petrolina de
segunda a sábado, e a van dele era bastante procurada”, informou.
Ela conta que, passado o clima de emoção, os familiares das vítimas buscarão
justiça para punir o motorista da caçamba, que vinha na contramão. Após o
acidente, ele fugiu sem prestar socorro às vítimas e a polícia está à sua
procura. (Via: Blog do Carlos Britto)
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