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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Não dá para descuidar, diz Paulo Câmara sobre facções


Candidato à reeleição, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou ontem que não podia classificar como “impossível” ataques de facções criminosas em Pernambuco. Ao ser questionado se era impossível se repetir aqui episódios como atentados contra agentes públicos e depredação de prédios públicos, como visto no Ceará, o socialista citou medidas para construir milhares de vagas no sistema prisional do Estado para ter mais governança sobre a população carcerária. Ele também se queixou da falta de políticas públicas de segurança no plano federal e falta de fiscalização para a entrada de armas e drogas pelas fronteiras.

“Nada é impossível diante da forma como se trata a violência pública no Brasil. O Brasil não tem um sistema de segurança unificado, não tem política pública, não protege as fronteiras. Entra droga e arma de toda forma. E todos os Estados têm atuado na busca de resolver os seus problemas com a capacidade que têm. Hoje a gente trabalha todos os dias para evitar que essas quadrilhas queiram fazer em Pernambuco o que fizeram nos outros Estados. Mas você dizer que não tem risco. Tem risco, sim. Porque é um sistema que precisa melhorar muito, não só em Pernambuco, mas em todo o Brasil”, explicou o governador, em sabatina promovida pelo Diário de Pernambuco e pela Universidade Católica de Pernambuco.

Após o evento, o JC perguntou ao socialista o que poderia ser feito para tentar combater a atuação de facções criminosas no Estado. Paulo Câmara respondeu que continuará mantendo ações que já têm sido tomadas pelas forças de segurança. “É o que nós estamos fazendo. Procurar identificar lideranças que tenham do movimento e qual é o grau que elas podem influenciar dentro das unidades penitenciárias. É um tema efetivamente de inteligência que é feito todo dia e que não pode ser muito divulgado porque pode afetar o sistema em si. Mas que já é feito e que a gente tem obtido êxito. O crescimento de facções em Pernambuco é bem menor do que a gente vê em outros Estados. Mas é um trabalho diário. Não dá para descuidar disso”, salientou.

PREVIDÊNCIA

Sobre a previdência dos servidores do Estado, que necessita de aportes de R$ 2 bilhões anuais, o governador afirmou que uma lei alterando o regime para os novos servidores que ingressarem no Estado já foi aprovada pela Assembleia Legislativa e deverá começar a ser implementada em 2019.

“Para quem está no sistema, (não muda) nada. Para quem entrar no sistema quando a lei for implementada, ele passa a ter um regime próprio diferente do atual. Que é justamente o que os Estados já fazem um regime de capitalização. Eles têm a alíquota até determinado salário. E quem ganhar acima, ele vai ter que fazer a complementar, mantendo o valor da alíquota que hoje é de 13,5%. Agora, é um fundo próprio. É um fundo que vai alimentar as gerações futuras. Ele vai receber o que contribuiu. E quem já está no sistema continua recebendo como atual. Não muda muito, não. Só realmente a criação desse fundo de capitalização onde ali ninguém mexe. É para pagar as futuras aposentadorias dos servidores do Estado de Pernambuco”, detalhou o socialista. Com informações do JC.

Blog: O Povo com a Notícia