Candidato à reeleição, o governador Paulo
Câmara (PSB) afirmou ontem que não podia classificar como “impossível” ataques
de facções criminosas em Pernambuco. Ao ser questionado se era impossível se
repetir aqui episódios como atentados contra agentes públicos e depredação de
prédios públicos, como visto no Ceará, o socialista citou medidas para
construir milhares de vagas no sistema prisional do Estado para ter mais
governança sobre a população carcerária. Ele também se queixou da falta de
políticas públicas de segurança no plano federal e falta de fiscalização para a
entrada de armas e drogas pelas fronteiras.
“Nada
é impossível diante da forma como se trata a violência pública no Brasil. O
Brasil não tem um sistema de segurança unificado, não tem política pública, não
protege as fronteiras. Entra droga e arma de toda forma. E todos os Estados têm
atuado na busca de resolver os seus problemas com a capacidade que têm. Hoje a
gente trabalha todos os dias para evitar que essas quadrilhas queiram fazer em
Pernambuco o que fizeram nos outros Estados. Mas você dizer que não tem risco.
Tem risco, sim. Porque é um sistema que precisa melhorar muito, não só em
Pernambuco, mas em todo o Brasil”, explicou o governador, em sabatina promovida
pelo Diário de Pernambuco e pela Universidade Católica de Pernambuco.
Após
o evento, o JC perguntou ao socialista o que poderia ser feito para tentar
combater a atuação de facções criminosas no Estado. Paulo Câmara respondeu que
continuará mantendo ações que já têm sido tomadas pelas forças de segurança. “É
o que nós estamos fazendo. Procurar identificar lideranças que tenham do
movimento e qual é o grau que elas podem influenciar dentro das unidades
penitenciárias. É um tema efetivamente de inteligência que é feito todo dia e
que não pode ser muito divulgado porque pode afetar o sistema em si. Mas que já
é feito e que a gente tem obtido êxito. O crescimento de facções em Pernambuco
é bem menor do que a gente vê em outros Estados. Mas é um trabalho diário. Não
dá para descuidar disso”, salientou.
PREVIDÊNCIA
Sobre
a previdência dos servidores do Estado, que necessita de aportes de R$ 2
bilhões anuais, o governador afirmou que uma lei alterando o regime para os
novos servidores que ingressarem no Estado já foi aprovada pela Assembleia Legislativa
e deverá começar a ser implementada em 2019.
“Para
quem está no sistema, (não muda) nada. Para quem entrar no sistema quando a lei
for implementada, ele passa a ter um regime próprio diferente do atual. Que é
justamente o que os Estados já fazem um regime de capitalização. Eles têm a
alíquota até determinado salário. E quem ganhar acima, ele vai ter que fazer a
complementar, mantendo o valor da alíquota que hoje é de 13,5%. Agora, é um
fundo próprio. É um fundo que vai alimentar as gerações futuras. Ele vai
receber o que contribuiu. E quem já está no sistema continua recebendo como
atual. Não muda muito, não. Só realmente a criação desse fundo de capitalização
onde ali ninguém mexe. É para pagar as futuras aposentadorias dos servidores do
Estado de Pernambuco”, detalhou o socialista. Com informações do JC.
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