O inspetor de máquinas e
equipamentos, Cláudio Márcio dos Santos, de 46 anos, está entre os desaparecidos desde o rompimento de uma barragem de rejeitos da
mineradora Vale em Brumadinho, no estado de Minas Gerais. A ex-mulher
e dois filhos do desaparecido que moram em Petrolina, no Sertão de Pernambuco,
viajaram nesta quarta-feira (30) para Minas Gerais para ficar próximo da
família e buscar mais informações sobre o desaparecido.
A ex-mulher Ana Paula dos Santos diz que tem
esperanças que Cláudio Márcio seja encontrado com vida. "Nós recebemos
essa notícia com muita tristeza. Foi um impacto muito grande, porque os meus
filhos estão sofrendo muito. Nós temos fé que ele possa estar vivo".
A última informação que a família recebeu sobre
Cláudio Márcio dos Santos foi por meio de um colega de trabalho que esteve com
ele poucos minutos antes do rompimento da barragem. "Ele estava conversando
com um amigo, que terminou o serviço, saiu e deixou ele, que ainda estava
terminando o trabalho. Foi na hora que aconteceu", contou Ana Paula.
Os custos da viagem estão sendo pagos pela Vale, mas
Ana Paula e os dois filhos preferiram dispensar o hotel que a empresa ofereceu,
e se hospedar com parentes em Itabirito, cidade mineira a 43 quilômetros de
Brumadinho.
Cláudio Márcio dos Santos Júnior, de 16 anos, que tem
o mesmo nome do pai, lembra da última conversa entre eles. "Eu havia
falado com ele na terça via telefone fixo da empresa que ele trabalhava. A
gente estava planejando de morar em Minas Gerais, porque ele queria os filhos
mais próximo dele e a gente sempre conversava a data e se ele já havia saído da
casa, ajeitando o apartamento para a gente morar perto dele. Não via a hora de
voltar a morar perto do meu pai, porque a gente só se via nas férias",
explicou.
No retorno a Minas
Gerais, o adolescente disse que está ansioso para rever a madrasta e o irmão de
seis meses, e mais ainda reencontrar o pai e seguir com os planos de morarem
perto um do outro. "Eu tenho bastante esperança, porque chegou o pessoal
de Israel e as buscas estão cada vez mais intensas. Estão encontrando pessoas
vivas, tanto na floresta, pessoas ilhadas", destacou Júnior. (Via: G1 Petrolina)
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