O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (16) que países que investem
recursos no país para programas de preservação ambiental estão “comprando à
prestação o Brasil”. Ele criticou a Noruega que, assim como a Alemanha, decidiu
suspender seus repasses para o Fundo Amazônia.
“O pessoal está comprando à prestação o Brasil. A compra no passado era
também demarcando terras, o Brasil só fazia acordos lá fora em troca de abrir
mão de sua soberania, demarcando terras indígenas, ampliando parques”, disse,
dando como exemplo o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás,
ampliado em 2017 no governo do então presidente Michel Temer.
Para o presidente, as reservas atrapalham o desenvolvimento do país.
“Não pode continuar assim, [em] 61% do Brasil não pode fazer nada. Tem locais
que, para produzir, você não vai produzir, porque não pode ir num linha reta
para exportar ou para vender, tem que fazer uma curva enorme para desviar de um
quilombola, uma terra indígena, uma área proteção ambiental. Estão acabando com
o Brasil”, disse, ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta sexta-feira.
Bolsonaro ressaltou ainda que não fará demarcação de terras indígenas
durante seu governo. "Enquanto eu for presidente não tem demarcação de
terra indígena", disse. “Eles têm 14% do território nacional. Imagine
Região Sudeste, uma área maior que essa já é terra indígena, não é área
suficiente? Ontem [15], eu estive de novo com um grupo de indígenas e eles
querem liberdade para trabalhar na sua área, não querem viver como em um
confinamento, como seres pré-históricos”, acrescentou o presidente. (Via: Agência Brasil)
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