O presidente da Venezuela,
Nicolás Maduro, afirmou que parte das armas roubadas do Exército Venezuelano,
após motim na cidade de Luepa, estão no Brasil. O líder cobrou de Jair
Bolsonaro providências para recuperar o armamento que teriam chegado ao país
pelas mãos de desertores da Guarda Nacional do país latino-americano.
"As armas venezuelanas foram roubadas em um ataque terrorista, senhor
Jair Bolsonaro. E essas armas, neste momento, temos informações que estão em
território brasileiro. Exigimos que as autoridades brasileiras capturem os
agressores que estão no território brasileiro e retornem as armas às Forças
Armadas Nacionais Bolivarianas", disse Maduro em pronunciamento
transmitido no rádio e na televisão. As informações são do Sputnik.
Um grupo de soldados venezuelanos se rebelaram contra o governo Maduro no
último domingo (22) e fizeram um motim para tomar o quartel da cidade de Luepa.
No local, os desertores fizeram reféns e roubaram cerca de 120 fuzis, além de
atacar postos policiais. Houve troca de tiros e ao menos um militar do governo
morreu no confronto.
Jorge Rodríguez, ministro venezuelano de Comunicações, alega que o grupo
paramilitar foi abrigado em diferentes lugares da América Latina, antes de
promoverem o ataque. Eles teriam passado quinze dias em Pacaraima, em Roraima,
onde ficaram supostamente sob a proteção de Antonio Fernández, o
"Toñito", venezuelano acusado de tráfico de ouro e drogas.
"O governo do Brasil tem que explicar por que um criminoso,
traficante de ouro e assassino, que esteve por trás de ações contra o governo
da Venezuela, sustentou os desertores e criminosos em Pacaraima durante quinze
dias, lhes deu dinheiro e lhes prometeu uma quantidade de dinheiro depois que
eles atacassem a base militar. O governo do Brasil não tem nada a ver com isso? Então, que prenda e nos entregue Toñito", disse Rodríguez.
Para o ministro, o roubo de armas tem como objetivo final criar uma
instabilidade no país, para que haja clima para uma intervenção militar dos
Estados Unidos na Venezuela.
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