Uma mulher, identificada como
Vitória Maria dos Santos Silva, 19 anos, foi presa em flagrante na manhã
de sexta-feira (27), suspeita de ter matado por esganadura o filho
recém-nascido e esconder o corpo no guarda-roupa do quarto em que dormia com o
companheiro.
O crime aconteceu na terça-feira (24) em Machados, no agreste
pernambucano, mas o corpo do bebê só foi encontrado na madrugada de
sexta-feira (27) pelo companheiro de Vitória, Edimar Marques Lopes. A
ocorrência foi realizada pela Delegacia Seccional de Limoeiro, onde a dona de
casa, com ensino fundamental incompleto, confessou o crime. A Polícia Civil
pediu prisão preventiva mas, em audiência de custódia, a mulher foi liberada
pela Justiça na tarde desta sexta.
Em depoimento, Vitória
confessou que esganou o recém-nascido com vergonha de contar ao atual esposo,
com quem estaria junto desde o mês de julho, que o filho não era do atual
companheiro. Para a família e para Edimar, a jovem afirmava que a gestação
tinha apenas quatro meses. Vitória vai responder pelos crime de homicídio e
ocultação de cadáver.
“O que aconteceu foi que ela
teve um parto normal em casa, cortou o cordão umbilical com um alicate de unha,
esganou o filho, colocou dentro de uma bolsa e escondeu no guarda-roupa debaixo
de vários lençóis. Como ela perdeu muito sangue, ainda na terça, foi levada ao
Hospital José Fernandes Salsa, em Limoeiro, onde permaneceu internada até a
manhã de hoje (sexta, 27). Ao chegar em casa na madrugada desta sexta, Edimar
sentiu o cheiro podre e ao procurar, descobriu o corpo do bebê. Ele
imediatamente chamou a polícia. Ao sair do hospital, a mulher foi presa”,
contou o delegado da seccional de Limoeiro, Thiago Uchôa.
Ainda segundo o delegado,
inicialmente Vitória mentiu em depoimento, continuando a afirmativa de que o
bebê tinha apenas quatro meses, que teria sofrido um aborto e jogado o bebê no
vaso sanitário. “Ao confessar, contudo, ela disse que escondeu o corpo para dar
um fim depois, já que passou mal e o companheiro tinha chegado em casa. Mas ela
não imaginou que passaria tanto tempo internada e por isso o corpo ficou em
estado de putrefação”, acrescentou Thiago.
O corpo do recém-nascido foi
encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passará por perícia para
confirmar se a morte foi por esganadura ou por outro instrumento e com quantos
meses a criança nasceu. O caso vai ficar sob investigação da Delegacia de
Machados.
Segundo Uchôa, a população do
município está revoltada. “Nossa preocupação, quando a Justiça não acatou a
preventiva, é porque a população pode querer fazer alguma coisa contra sua
integridade física”, disse. (Via: DP)
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