Foto:
Ricardo B. Labastier/ Acervo JC Imagem
Morreu nesta quinta-feira (19) o artista
plástico Francisco Brennand. O pernambucano de 92 anos faleceu às
11h, no Hospital Português do Recife, devido a complicações de uma infecção
respiratória. O velório de Brennand começa ainda no fim da tarde desta
quinta-feira, na Capela Imaculada Conceição, dentro da Oficina Brennand,
localizada no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife. Recentemente, sua
Oficina foi transformada em instituto para preservar o seu patrimônio.
Francisco
de Paula Coimbra de Almeida Brennand nasceu em 11 de junho de 1927, no Recife. Contemporâneo do homem que obrigou o século 20 a articular o termo cubismo,
Francisco Brennand aprendeu a modelar a argila com o artista Abelardo da Hora,
então funcionário da fábrica cerâmica de seu pai. Incentivado por Cícero Dias,
ao viajar para a Europa em 1949 para estudar com nomes como André Lhote e Fernand Léger, conheceu as obras de
Miró e Picasso. O susto-revelação: o pintor da Guernica era também ceramista. “Ali, vi que a cerâmica poderia
ter a mesma grandeza da pintura a óleo, meu interesse até então. Ou até mais”,
diz ele, dono de obras de dimensões totemicamente públicas como a Coluna de Cristal e outras peças
mimetizadas no corpo físico do Recife.
Conhecido
como o Mestre dos Sonhos, em novembro de 1971, o artista começou a reconstruir
a Velha Cerâmica São João da Várzea, fundada pelo seu pai em 1917. Esse
conjunto, encontrado em ruínas, deu início a um colossal projeto de esculturas
cerâmicas que deveriam povoar os espaços internos e externos do ambiente.
Além
do bairro da Várzea, as obras de Brennand podem ser vistas em vários pontos
do Recife: desde o Parque das Esculturas, próximo do Marco Zero, na área
externa do Shopping Recife e também no Aeroporto dos Guararapes. (Via: Jc Online)
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