Em 2020, as polícias de Pernambuco deverão trocar de armamento. O
governo decidiu abrir uma licitação para que companhias fabricantes de pistolas
concorram e seja decidido quem fornecerá armas para as forças de segurança do
Estado.
Atualmente é a empresa gaúcha Taurus a responsável pelo armamento de
corporações como as Polícias Civil e Militar. O certame que deverá ser aberto
no ano que vem vai abrir inscrições para empresas estrangeiras. Uma das grandes
queixas de amplos setores da polícia é sobre o que consideram monopólio da
Taurus (na verdade é uma espécie de reserva de mercado para produtos bélicos
nacionais, estabelecida por lei) e que equipamentos estrangeiros estariam à
frente em termos de qualidade e não dariam problemas como travamento em combate
e disparos acidentais.
A movimentação de Pernambuco segue a de outros Estados. São Paulo e
Ceará abandonaram a Taurus e mudaram os fornecedores de armas de suas polícias
este ano – os paulistas passaram a trabalhar com a fabricante austríaca Glock
(que fornece armas para a Polícia Federal, por exemplo) e os cearenses, com a
alemã Sig Sauer. A licitação local deverá ser aberta, inclusive, para a
fabricante gaúcha, caso ela tenha desejo de participar.
Caso concretizada, a mudança vai exigir uma delicada logística por parte
da SDS. São cerca de 20 mil pessoas na PM e 6 mil na Polícia Civil – e as armas
não poderiam ser mudadas do dia para a noite. Também vai haver um rígido
processo de adaptação ao novo equipamento. “Armas serão acompanhadas desde o
início. Todas serão submetidas a pelo menos dez mil disparos, para que possamos
avaliar suas reais condições”, comenta o presidente da comissão de armamento da
SDS, Walter Benjamin.
Com relação a custos, a secretaria não tem como precisar, uma vez que o
certame ainda será aberto. Que vença o que for melhor e mais seguro para as
forças de segurança – e, evidentemente com o melhor preço para os cofres
públicos.
Blog: O Povo com a Notícia