O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, nesta segunda-feira (23), durante debate
na Rádio Jornal, que deve propor
mudanças mais profundas na Previdência estadual, com ou sem a aprovação no Congresso da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) paralela que versa sobre o tema.
"Nós vamos discutir
isso (mudanças previdenciárias) de maneira muito responsável, vamos colocar
todos os números na mesa e fazer aquilo que for possível numa pactuação não
apenas de curto, mas de médio e longo prazo. Se isso ocorrer com a aprovação da
PEC paralela, o trâmite é facilitado, se não, a discussão vai ser feita do
mesmo jeito", declarou o governador.
Neste mês de dezembro, um projeto de lei complementar do Executivo
aprovado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) garantiu algumas
modificações no sistema de aposentadorias e pensões dos servidores estaduais a
partir de agosto de 2020, como o aumento da alíquota de 13,5% para 14%, por
exemplo. Com um déficit previdenciário fechando 2019 em R$ 2,8 bilhões, no
entanto, Paulo avalia que sejam necessários outros ajustes para que as contas
do Estado voltem para o azul.
"Esse é um debate que Pernambuco
vai precisar fazer junto aos servidores públicos, junto às mesas de negociação
que nós temos instaladas permanentemente. Esse ano Pernambuco deve gastar
aportes adicionais na nossa Previdência em torno de R$ 2,8 bilhões, é um valor
expressivo que precisa de muita discussão e muito debate daqui pra
frente", comentou o socialista.
PSB
Ao
ser questionado se estaria contrariando o posicionamento do PSB, do qual é
vice-presidente nacional, Paulo Câmara disse que o partido colocou-se contra a
reforma da Previdência proposta pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido)
porque, segundo ele, o texto penalizaria os mais pobres.
"Temos que diferenciar a reforma do governo federal. Se mexeu nos dois regimes. O meu partido fez críticas à reforma do Regime Geral, responsável por 80% da economia e só pegou quem ganha até um salário mínimo e meio. O lado mais frágil está pagando", avaliou. (Via: Jc Online)
"Temos que diferenciar a reforma do governo federal. Se mexeu nos dois regimes. O meu partido fez críticas à reforma do Regime Geral, responsável por 80% da economia e só pegou quem ganha até um salário mínimo e meio. O lado mais frágil está pagando", avaliou. (Via: Jc Online)
Blog: O Povo com Notícia