O prefeito da cidade de
Granjeiro, João Gregório Neto (PSD), o “João do Povo”, foi morto a tiros
enquanto caminhava próximo à parede do Açude Junco, na manhã de terça-feira
(24). A vítima foi atingida pelas costas.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS),
equipes da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte, da Regional de Iguatu e do
Departamento de Polícia Judiciária do Interior Sul (DPJI Sul) da Polícia Civil
do Estado do Ceará (PCCE) foram mobilizadas para identificar e localizar os
suspeitos. Policiais dos municípios de Cariús, Cedro, Iguatu, Juazeiro do Norte
e Várzea Alegre também estão auxiliando nas investigações.
Segundo moradores da cidade, um carro com suspeitos foi visto se
aproximando do gestor municipal. Logo depois, foram ouvidos pelo menos três
disparos. Moradores tentaram socorrer o prefeito, mas quando chegaram próximo
ao local ele já estava morto. A autoria e a motivação da morte ainda não foram
confirmadas pela polícia.
João Gregório foi alvo de uma ação da Polícia Federal há pouco mais de um
ano. Ele era suspeito de movimentar cerca de R$ 26 milhões na conta de um
parente beneficiário de aposentadoria rural, num período de dois anos, segundo
investigações da Operação Bricolagem, relativas a fraudes em licitações
para construção de escolas. O valor dos contratos fraudados somava cerca de R$
5 milhões. Um dos mandados foi cumprido em sua casa, onde foram encontrados R$
213 mil em espécie, guardados em caixas de sapato.
O valor movimentado na conta do parente foi quase R$ 10 milhões a mais que
o orçamento de todo o município de Granjeiro, cidade com 4,5 mil habitantes. Em
2017, o orçamento municipal anual foi de R$ 17 milhões, conforme a Prefeitura
Municipal de Granjeiro.
Na época, o advogado do prefeito, Igor Rodrigues Lucena, informou para
o G1 que o “prefeito garantiu que não teria
como ter mexido irregularmente em R$ 26 milhões do Município, pois a
arrecadação anual é de R$ 13 milhões e ele assumiu a Prefeitura em 2017”.
“Se tivesse ficado para si com todo dinheiro, (13+13, apesar de o ano
ainda não ter terminado), não teria conseguido pagar o funcionalismo público
nem fazer com que os serviços do Município funcionassem. Toda as contas estão
em dia e a máquina pública na ativa”, disse. (Via: G1 CE)
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