Após a Polícia Federal deflagrar
a 69ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Mapa da Mina, uma das peças-chaves
para a apuração da força-tarefa, o sítio de Atibaia, representa menos de 1% dos
repasses suspeitos investigados. Um dos alvos da ação desta semana foi o filho
do ex-presidente Lula, Fábio Luis.
Nesta terça-feira (10), foram cumpridos 47 mandados de busca e apreensão,
na tentativa de apurar pagamento de despesas da família de Lula com recursos
das empresas de telefonia Oi e Vivo.
De acordo com as investigações, foram transferidos R$ 132 milhões pela Oi
e R$ 40 milhões pela Vivo a empresas de Lulinha e do sócio, Jonas Suassuna.
Em 2010, Suassuna adquiriu o sítio junto com Fernando Bittar, sendo que
aquele pagou R$ 1 milhão, enquanto este quitou o restante. A suspeita da Lava
Jato é de que o dinheiro utilizado na compra do terreno, ainda sem as
benfeitorias, tenha sido oriundo de transferências feita pelas empresas de
telefonia.
A investigação é diretamente vinculada à que deu origem ao processo que
condenou o ex-presidente Lula por corrupção e lavagem de dinheiro e aponta que
o petista foi o principal beneficiado com a compra e obras no sítio.
Por meio de nota, a Vivo afirmou que “tem fornecido as informações
solicitadas e que continuará contribuindo com as autoridades, além de ter
compromisso com elevados padrões éticos de conduta em toda sua gestão e
procedimentos".
Também em nota, a Oi declarou que os episódios citados na Lava Jato
"não representaram de fato nenhum benefício ou favorecimento a seus
negócios" e, ao contrário, contribuíram para a falta de liquidez que levou
à recuperação judicial da empresa. (Via: Folhapress)
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