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Impulsionado pelo ligeiro aumento de popularidade, o presidente Jair Bolsonaro se prepara para dar início a um cronograma de inaugurações de obras, a maior parte delas iniciadas ainda nos governos petistas de Lula e Dilma Roussef.
Do total de 33 obras que o presidente promete inaugurar ainda neste segundo semestre, 25 foram planejadas pelos petistas e duas que começaram no governo Michel Temer (MDB). Apenas 6 saíram foram idealizadas e executavas pela atual gestão.
Por trás das inaugurações, está o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, que fez o lobby para que o Governo Federal siga com investimentos em obras rodoviárias.
Um dos exemplos é a duplicação da BR-116, com trechos na Bahia e no Rio Grande do Norte, assim como vários pontos da BR-101. As informações são da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
O roteiro inclui a visita a dois estados por semana, estratégia que é endossada pelos novos aliados do Centrão, que querem que Bolsonaro aproveite para capitalizar apoiadores.
A agenda do Planalto não tem agradado parte dos governadores, como o caso de Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, que vê a manobra como um oportunismo de Bolsonaro.
“Não há obras iniciadas por ele. Nenhum programa novo. Ele só está visitando obras alheias e mudando nome de programas já existentes”, criticou o governador.
Em nota, o Ministério da Infraestrutura alega que o assunto é uma "questão de Estado, e não de governos", e que se tratam de ações a longo prazo.
“O planejamento da infraestrutura nacional é, essencialmente, uma política de longo prazo e, por isso, a atual gestão escolheu como um dos pilares de sua atuação a concentração de recursos para a conclusão de obras em andamento ou paralisadas antes de abrir novas frentes”, diz o texto.
Blog: O Povo com a Notícia