Dois anos após o assassinato do então presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros de Pernambuco (ACS-PE), Albérisson Carlos da Silva, 50, a polícia ainda não esclareceu quem foram os autores e o que motivou o crime. Amedrontados e com o forte sentimento de impunidade, familiares cobram respostas e mais empenho da polícia nas investigações.
“Desde o início, muita coisa não foi falada sobre o caso para a família, sempre com a polícia argumentando que isso poderia atrapalhar as investigações. Delegados foram trocados e, mesmo assim, não vimos avanço no caso”, lamentou Albérisson Carlos Júnior, filho da vítima.
Atualmente, ele vive com a esposa em Portugal. A decisão de sair do País foi tomada após duas ameaças de morte sofridas após a execução do pai.
“Uma vez eu estava no shopping com a minha esposa e amigos. Ao entrar no banheiro, uma pessoa me abordou e disse que era melhor eu ir embora, se não ia ser o próximo a morrer. Da outra vez, eu estava de moto, quando outra se aproximou e o condutor reforçou que era melhor eu embora”, contou.
EXECUÇÃO
Albérisson Carlos foi executado a tiros em 16 de fevereiro de 2022. Minutos antes, ele e a esposa haviam deixado a sede da associação, no bairro da Madalena, no Recife, e seguiam a pé até uma rua próxima, onde o carro do casal estava estacionado. Não deu tempo nem de entrar no veículo. Criminosos em um carro branco e em uma moto se aproximaram e efetuaram os tiros.
O então presidente da ACS-PE foi atingido na cabeça, costas e abdômen. Nenhum tiro foi disparado contra a esposa.
Uma hipótese investigada, na época, foi a de que os projéteis balísticos teriam sido recolhidos rapidamente pelos assassinos antes da fuga. Isso porque nenhum vestígio foi encontrado pelos peritos do Instituto de Criminalística. (Via: Jc online)
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