Um aliado de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi assassinado no domingo (25). A morte de Donizete Apolinário da Silva, 55 anos, conhecido como Prata, é considerada uma consequência do racha que ocorre dentro da organização criminosa, envolvendo Marcola e membros da cúpula do grupo que agora são seus rivais.
Prata foi morto na noite de domingo em Mauá, na Grande São Paulo, por homens que estavam a bordo de um Peugeot modelo SW 207, de cor preta. Sua esposa, grávida, e a enteada de 10 anos também foram baleadas, mas sobreviveram ao ataque. A família foi vítima de disparos de arma de fogo a caminho de um chá revelação.
Prata era apontado como integrante da "Sintonia Final", setor do PCC formado por criminosos considerados fundadores do grupo. Ele também era suspeito de comandar um setor na facção responsável por organizar pontos de venda de drogas.
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apura o possível racha entre as lideranças do PCC. Em uma mensagem interceptada pelo Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), supostos membros da cúpula do grupo comunicam a expulsão de três membros considerados do alto escalão: Roberto Soriano, o Tiriça; Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, e Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho.
A suposta expulsão do trio teve origem na divulgação de áudios contendo trechos de uma conversa entre Marcola e policiais penais federais, onde o líder do PCC chama Tiriça de "psicopata".
Esse trecho foi usado no julgamento do criminoso, resultando em uma condenação de 31 anos e seis meses de prisão pela morte de uma psicóloga que trabalhava na Penitenciária Federal em Catanduvas, no Paraná, onde ele estava preso. Devido a essa situação, Tiriça teria jurado Marcola de morte.
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