Os alunos da Universidade São Francisco perderam o foco das aulas diante do assunto mais falado na instituição na quarta-feira (29): a chegada da nova aluna de Direito, Suzane von Richthofen, assassina condenada por envolvimento na morte dos próprios pais.
Após se casar e abandonar o sobrenome Richthofen, a criminosa agora é chamada de Suzane Louise Magnani Muniz. Ela iniciou seus estudos no campus de Bragança Paulista, onde está morando com o marido Felipe Zecchini Nunes.
Para ingressar no ensino superior, Suzane usou a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). A mensalidade do curso sai por R$ 1.220,68 no preço cheio, mas a instituição também oferece modalidade com desconto de 50%.
O curso escolhido pela assassina é o mesmo que ela já cursava em 2002, quando ela foi presa pelo duplo homicídio. Na época, ela estudava na Pontífica Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), mas teve que interromper o curso por causa da prisão. Ela foi condenada a 39 anos de reclusão, mas desde o início de 2023 cumpre pena em regime aberto.
Apesar de as aulas terem começado há uma semana, Suzane só apareceu na quarta (28). De acordo com o O Globo, colegas de sala relataram que ela não teria ido nos primeiros dias para evitar a 'calourada', quando os novatos são alvos de brincadeiras e precisam se apresentar dizendo o nome em voz alta, explicando ainda o porquê de ter escolhido o curso de Direito.
Ainda de acordo com o site, Suzane está matriculada no curso matutino. Ela chegou cedo, subiu para o segundo andar discretamente, entrou na sala 207 e se sentou na última fileira de cadeiras, perto da porta. A condenada vestiu camisa preta, calça cinza e tênis branco, além de uma mochila preta nas costas. Segundo relatos, ela cumprimentou os colegas, mas evitou puxar conversa.
A notícia de que Suzane estava na faculdade se espalhou rapidamente e diversas pessoas tiraram fotos e fizeram vídeos. As imagens logo se espalharam.
Suzane ficou uma década presa na Penitenciária de Tremembé. Em abril de 2016, ela foi aprovada para o curso de Administração da Universidade Anhanguera de Taubaté, contudo, a 2ª Vara de Execuções Criminais da mesma cidade a proibiu de fazer a matrícula alegando que ela seria repugnada no ambiente acadêmico por alunos e professores. Suzane recorreu à segunda instância e conseguiu um mandado de segurança garantindo-lhe o direito de estudar, mas ela própria acabou desistindo.
Em 2017, ela mais uma vez tentou ingressar em um curso superior e foi selecionada para obter um empréstimo pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do governo federal para cursar Administração na Faculdade Dehoniana de Taubaté. Ela, no entanto, mais uma vez, não se matriculou.
A vida acadêmica de Suzane só foi retomada em 2021, quando ela obteve nota no Enem para ingressar no ensino superior, ela se matriculou na Faculdade Anhanguera de Taubaté. Ela passou no curso de Farmácia, mas mudou para Biomedicina porque não havia alunos suficientes para preencher uma turma.
Em 2023, Suzane pediu transferência para a Faculdade Sudoeste Paulista (UNIFSP) de Itapetininga, mas abandonou o curso para morar com o marido médico em Bragança Paulista.
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