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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Bolsonaro faz apelo a Lula e Moraes: “Alguém tem que ceder”

Indiciado pela Policia Federal (PF) por abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um apelo, durante entrevista à revista Oeste, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para que conceda anistia aos presos pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023 "para pacificar o Brasil".

"Que dois pesos e duas medidas são essas, meu Deus do céu? Para nós pacificarmos o Brasil, alguém tem que ceder, quem tem que ceder é o senhor Alexandre de Moraes, é a anistia", disse Bolsonaro.

"Vamos pacificar e zerar o jogo daqui para frente. Se tivesse uma palavra do Lula, do Alexandre de Moraes no tocante à anistia, tava tudo resolvido. Não querem pacificar? Pacifica", emendou.

Bolsonaro ainda comparou o atual cenário com o ano de 1979, quando o ditador João Batista Figueiredo concedeu perdão a perseguidos políticos dando início ao processo de redemocratização após a ditadura militar.

"Eu não era deputado, mas foi anistiada gente que matou, que soltou bomba, que sequestrou, que roubou, que sequestrou avião. Vamos pacificar, zera o jogo daqui para frente", disse Bolsonaro.

O ex-presidente ainda citou o caso de Francisco Wanderley Luiz, homem que arremessou explosivos contra a sede do STF no dia 13 de novembro e acabou morrendo durante o atentado.

"Não pode alguém [que] acaba perdendo a vida após lançar uns fogos de artifício, dizer que isso aí é ódio do gabinete do ódio, me apresenta uma matéria que seria desse gabinete do ódio", disse Bolsonaro ao se referir a uma declaração de Alexandre de Moraes que, após as explosões, afirmou que o caso tinha como origem o "gabinete do ódio".

O relatório de indiciamento da Polícia Federal diz que existem uma relação entre o plano de golpe e o atentado realizado por Wanderley Luiz. Para a PF, a narrativa golpista teve início em 2019 e ainda está "latente" na sociedade brasileira. O caso do homem-bomba de Brasília é um exemplo disso.

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