Um novo sistema de supercâmeras inteligentes promete revolucionar a segurança pública no Rio de Janeiro. A prefeitura anunciou a instalação de equipamentos capazes de detectar até três mil situações simultâneas em questão de segundos. Segundo o prefeito Eduardo Paes, quem cometer irregularidades ou crimes vai ter a vida "transformada em um inferno".
A tecnologia faz parte da expansão do Centro de Inteligência, Vigilância e Tecnologia em Apoio à Segurança Pública (Civitas), lançado em 2024, que já ajudou a resolver 2.800 inquéritos e emitir 160 mil alertas em tempo real.
As supercâmeras usam IA para analisar imagens em tempo real e reconhecer padrões que indicam comportamentos suspeitos. Enquanto um operador humano enxerga no máximo três eventos simultâneos, o novo sistema consegue monitorar milhares de ocorrências ao mesmo tempo, sem precisar de observação constante.
Até dezembro, a expectativa é que três mil equipamentos estejam em operação, e a meta é chegar a 15 mil até 2028. Eles estão sendo instaladas em vias principais e nas entradas da cidade, acompanhadas por pórticos digitais capazes de ler placas e rastrear veículos suspeitos.
Além de combater o crime organizado, as câmeras também ajudarão a identificar infrações cotidianas, como descarte irregular de lixo ou veículos circulando em locais proibidos.
"Você que joga entulho, que anda de moto na calçada ou dirige na contramão: nós vamos estar de olho em vocês. Esse parque tecnológico vai permitir que a “babá malvada” funcione, identifique e puna", disse Eduardo Paes.
Com investimento estimado em R$ 180 milhões por ano, em parceria com a iniciativa privada, o projeto é descrito pela prefeitura como o maior parque tecnológico de monitoramento do Brasil. A previsão é que o sistema esteja funcionando plenamente na primeira metade de 2026.
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