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domingo, 10 de novembro de 2019

No ABC, Lula chama Moro de canalha, Bolsonaro de miliciano e pede agitação social igual ao Chile


O ex-presidente Lula, solto nesta sexta-feira em Curitiba, falou por mais de 44 minutos, na porta do sindicato do ABC, em seu primeiro discurso aos militantes. Depois da fala no palanque, os organizadores colocaram o ex-sindicalista sendo carregado. Gleise sugeriu textualmente que “Lula livre, voltando nos braços do povo”.

“Bolsonaro não foi eleito para governar para milícianos”, atacou, em dado momento.

Na fala, o ex-presidente pediu a anulação dos processos contra ele no STF, mas sem admitir que o objetivo era eventualmente voltar a concorrer a presidência da República em 2022.

“Sem rancor, posso dizer que o Moro é mentiroso, o Dalangnol é mentiroso. Não estamos falando isto agora, depois das divulgações do site Intercept. Nós dizemos isto na nossa defesa há anos. Por isto, só tem uma explicação para eles terem me afastado da disputa (com a prisão), foi para me tirar da disputa eleitoral”, acusou.

“Ou vocês brigam agora, juventude, ou o futuro será pesadelo”, afirmou, em dado momento. “Eu estarei na rua, junto com vocês, para construir um Brasil. Eles não sabem o tesão que eu estou para lular por este Brasil. Nós temos que resistir e atacar como no Chile. A gente tá muito, mas muito tranquilo”

Ataques às milícias, em referência a família Bolsonaro.

“Os milicianos não podem acabar com um Brasil que tem 200 milhões de brasileiros. Essa gente tem que saber que esse Pais é nosso”

Ministro da Justiça de Bolsonaro

“Eu não fuji porque eu precisava provar que Moro era um canalha que estava me julgando”
“Eu duvido que o Moro, o Dalanhgol e o Bolsonaro durmam tranquilo durmam com a consciência tranquila. Eu quero dizer para eles eu estou de volta”

Críticas ao MP

“Eu estou com mais vontade de lutar do que sai daqui. Lutar pelo Brasil”

“Dalanhgnol não representa o Ministério Público. Ele montou uma quadrilha com uma força tarefa para roubar dinheiro das empreiteiras”.

“Tentaram armar contra a Dilma uma nova operação. Tudo show, com a Rede Globo na porta”

Caso Marielle

O caso Marielle foi citado, em uma polarização com Bolsonaro.

“Bolsonaro não foi eleito para ser governador de uma milícia no Rio de Janeiro. Não é a gravação do filho dele que vale. Como ele explica o Queiroz? como tem 17 casas no nome dele”, afirmou, sugerindo supostas irregularidades.

“Bolsonaro admitiu que deve a campanha ao Moro, às fake news e ao roubo da eleição do Haddad”, acusou.

Ataques à Rede Globo

Lula abriu o discurso criticando a Rede Globo, ao informar que de acima eles estariam filmando. “Para falar merda sobre nós”.

“A TV do Silvio Santos e a Record está uma vergonha. A Globo não deu uma matéria sobre a Vaza Jato. Eles todos já não chamam mais ninguém de esquerda para falar (na Tv)”, cobrou.

Depois, ele disse que poderia ter saído com ódio mas estava com amor. Nas redes sociais do PT, era apresentado como um Mandela.

Lula também fez pilheria com a própria estada na sala especial da PF em Curitiba. “Estou falando demais e vocês vão mandar me prender novamente”

Andando pelo Brasil

Lula disse que estava disposto a percorrer o Brasil, com as lideranças sindicais. Aproveitou e jogou pobres contra ricos. “Cada dia é o rico mais rico e o pobre mais pobre. Não tenho nada contra essa gente, mas temos que ter gente formada no meio do povo, para consertar o Brasil”, defendeu.

“Nós só podemos salvar este Brasil se a gente fizer um pouco mais. Vejam o modelo do Paulo Guedes, o Chile. O povo está indo para a rua, contra as aposentadorias”.

Também citou a Argentina e a Bolívia, com Evo Morales.

No final, Lula prometeu fazer um pronunciamento à nação brasileira em 20 dias. Ele disse que não colocava agora porque iriam dizer que estava com ódio, se falasse algo mais duro.

Blog: O Povo com a Notícia