A Caixa Econômica Federal
devolverá em até um dia útil o dinheiro retirado do FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço) para viabilizar o saque imediato de até R$ 500 por conta.
O pedido deverá ser feito em uma agência do banco. O diretor-executivo de
fundos de governo da Caixa, Edilson Carrogi, diz que os valores, ao serem
devolvidos ao FGTS, serão depositados com a mesma correção que teriam se ainda
estivessem nas contas vinculadas do trabalhadores.
O prazo menor para o retorno do dinheiro ao fundo vale para os
trabalhadores que não têm conta na Caixa e que fazem aniversário até o mês de
outubro. Os nascidos em novembro e dezembro ainda conseguem impedir que o
dinheiro saia do FGTS; no site do saque imediato, é possível pedir o
cancelamento do débito, o chamado desfazimento.
Os titulares de poupança ou conta-corrente da Caixa que tenham recebido os
valores nessas contas podem desistir da adesão ao saque imediato, mas, nesses
casos, o prazo para retorno ao FGTS será de até 60 dias.
Edilson Carrogi diz que a opção pela antecipação do débito no FGTS foi
feita considerando que a maioria das pessoas deve optar por retirar o dinheiro
e que, por esse modelo, seria possível evitar um deslocamento desnecessário do
trabalhador a uma agência da Caixa. O diretor de fundos afirma que o
procedimento é uma economia de processo.
Em comparação com o que foi adotado em 2017, quando foram liberados os
valores das contas inativas, Carrogi diz que muitos trabalhadores foram às
agências da Caixa em busca de informações. Agora, com o saque disponibilizado
previamente, o banco considera ter reduzido a necessidade de o trabalhador se
deslocar.
Na avaliação da Caixa, o procedimento incluiu identificar quem tinha o
direito e fazer o débito antecipado
"Em todos os casos, ele [o trabalhador] pode solicitar o
desfazimento", diz Carrogi.
Ele afirma também que em nenhuma situação haverá prejuízo ao trabalhador.
"O dinheiro vai voltar à conta vinculada e terá a correção como se nunca
tivesse saído. Vamos calcular e creditar a correção com o dinheiro."
Desde o início do calendário de liberação, a Caixa já pagou R$ 20,45
bilhões. Desse total R$ 15,8 bilhões foram liberados por crédito em conta, ou
seja, para titulares de contas-correntes e poupanças. Somente os outros R$ 4,33
bilhões foram liberados no canais físicos, como agências e casas lotéricas.
Segundo o diretor de fundos do governo da Caixa, menos de 1% dos
trabalhadores com valores habilitados ao saque -e que, portanto, tiveram o
débito na conta do FGTS- pediram a devolução do dinheiro ao fundo. Do total com
dinheiro no fundo, pouco mais da metade (51%) já fez a retirada.
O calendário termina em 18 de dezembro, quando terá início a liberação
para nascidos em novembro e dezembro.
O crédito ficará disponível para saque dia 30 de março de 2020. O diretor
da Caixa afirmou que os valores debitados do FGTS de trabalhadores sem conta no
banco começarão a ser devolvidos já no dia 1º de abril do ano que vem.
Para correntistas do banco que tenham feita a opção pelo crédito e depois
desistirem, o saque será bloqueado no início de abril, e, a partir do dia 30 do
mesmo mês, os valores começarão a retornar ao FGTS.
Carrogi afirma que a sistemática de débito antecipado não prejudica o
trabalhador, nem se for demitido ou se iniciar um procedimento de crédito
imobiliário.
Nos dois casos, diz, o valor do saque ainda será acessado pelo
trabalhador. (Via: Folhapress)
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