A sensação de uma mudança completa no timing das articulações da corrida presidencial – após o ingresso da ex-ministra Marina Silva no PSB – está permitindo uma série de diferentes projeções sobre o impacto desse movimento. Um dos novos horizontes já enxergados por alguns socialistas pernambucanos, inclusive, indica uma provável mudança no momento que deverá ser escolhido pelo governador Eduardo Campos (PSB) para o anúncio de sua candidatura e, por tabela, para a sua desincompatibilização do Governo do Estado.
Essa análise se baseia numa suposta necessidade de o governador mergulhar por inteiro na construção de sua postulação para presidente da República, acompanhada de outro ponto crucial: dirimir o desconhecimento. Eduardo Campos ainda é o pré-candidato menos reconhecido pelos eleitores do País.
“Os prazos anteriores não existem mais. Houve uma impressionante aceleração de tudo. Após a entrada da Marina no PSB, a candidatura de Eduardo ficou irreversível e ele não deverá esticar até março para anunciá-la. O 2014 do governador pode começar bem no início de 2014″, avaliou, em reserva, um socialista.
Para esse bloco socialista, Eduardo ainda preservaria, com a antecipação de sua desincompatibilização, o legado de sua gestão, impossibilitando a continuação de críticas que apontam para uma provável ausência sua no comando das ações administrativas. Adversários do socialista questionavam se as viagens que o gestor tem realizado pelo Brasil não o afastariam da resolução dos problemas do Estado.
Entretanto, há um fator que deverá pesar nessa equação que diz respeito justamente ao entendimento do próprio governador Eduardo Campos. Pessoas próximas ao gestor relatam que ele não vê com bons olhos o discurso da renúncia por um outro projeto. O governador sabe que esse passo poderá ser utilizado pelos rivais na disputa eleitoral, mesmo que apenas em caráter local. Com informações Folha PE.
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