Apesar de o processo que culminou com a indicação do secretário da Fazenda, Paulo Câmara, para a cabeça de chapa da Frente Popular de Pernambuco ter se dado sob a ótica de disputa interna no PSB, com direito à fritura quase geral dos nomes que eram alçados em dados momentos à provável condição de candidato, o postulante assegura que os traumas internos foram superados. “Temos um clima de muita união e vamos chegar unidos na campanha”, assegurou, durante entrevista à “Rádio Jornal”. Contudo, ele fez questão de destacar que não trabalhou contra nenhum dos correligionários concorrentes. “Não puxei o tapete de ninguém de jeito nenhum. Foram trabalhados vários nomes e pude ter a honra de defender o legado de Eduardo Campos”, disparou.
O pré-candidato do PSB ainda frisou que conversou com o correligionário e vice-governador João Lyra Neto, que admitiu publicamente sua contrariedade com o fato de ter sido rifado do processo de discussão e na sequência da chapa majoritária da Frente Popular de Pernambuco. A conversa ocorreu por convite do próprio socialista caruaruense. Câmara e Lyra Neto nutrem uma boa relação decorrente do trato administrativo nos sete anos de Governo Eduardo Campos.
Paulo Câmara também rebateu as críticas de nomes que integram o palanque adversário, que tem recaído sobre a sua indicação pelo governador Eduardo Campos. O deputado federal Silvio Costa (PSC) e o senador Armando Monteiro Neto (PTB) ironizaram a escolha, destacando que secretário até pode ser nomeado, mas que chefe do Executivo estadual tem que ser eleito pela população. O pré-candidato do PSB assegurou, em resposta, que será ele o responsável por liderar toda a sua campanha.
“Eu respondo ao deputado dizendo, claramente, que eu sou o líder maior desse processo como pré-candidato. A partir de junho, como candidato continuarei com essa liderança e, a partir de 2015, como governador, vamos liderar o processo de avanço iniciado pelo governador Eduardo Campos, e ouvindo a população. A única pessoa que vai liderar esse processo é a população que será ouvida sobre as suas demandas”, rebateu.
Paulo Câmara também recusou o carimbo de indicação técnica – que fora colocado no meio político – durante o período de escolha do nome indicado pelo governador. “Apesar de taxado como técnico, eu me considero como parte de uma nova geração de políticos”(Blog da Folha)
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