A bancada de Oposição no Congresso Nacional pedirá à Polícia Federal (PF), Procuradoria–Geral da República (PGR), Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria Geral da União (CGU) que investiguem o suposto esquema de corrupção envolvendo a ONG Instituto Brasil e o PT na Bahia, que teria desviado R$ 17,9 milhões do Fundo de Combate à Pobreza.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a representação, que compara o suposto desvio de recursos públicos ao “mensalão”, será entregue nesta terça-feira (23) e levará a assinatura do PSDB, DEM, PPS e o Solidariedade. Os oposicionistas apontam crimes contra o patrimônio público e improbidade administrativa.
A frente de partidos oposicionista no Congresso, representada pelo senador José Agripino (DEM-RN), e os deputados federais Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Bruno Araújo (PPS-PR), Arthur Maia (SDD-BA) e Mendonça Filho (DEM-PE), entregou hoje ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, a representação para que o Ministério Público Federal (MPF) investigue o caso.
Reportagem da Veja do último final de semana mostrou que a ex-presidente da ONG, Dalva Sele Paiva, afirma que a entidade repassava dinheiro desviado para campanhas petistas na Bahia, além de políticos e filiados beneficiados no suposto esquema.
Entre os agraciados estariam o candidato ao governo da Bahia pelo PT, Rui Costa, o senador da República, Walter Pinheiro (PT), os deputados federais Afonso Florence (PT) e Nelson Pelegrino (PT), o atual presidente da Embratur e marido da deputado Alice Portugal (PCdoB), Vicente José de Lima Neto; o ex-secretário estadual de Saúde e candidato a deputado federal Jorge Solla (PT), a deputada estadual e candidata à reeleição Maria Del Carmem (PT); o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o ex-deputado petista Zezéu Ribeiro; o ex-superintendente de Educação da Bahia, Clóvis Caribé. Todos os citados já negaram envolvimento com Dalva e a sua ONG.
As suspeitas envolvem convênios firmados entre o governo da Bahia e o Instituto Brasil para construção de casas populares, além de prefeituras comandadas na época por prefeitos petistas e aliados do governo.
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