O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se reuniu, nesta última sexta-feira (27), com os principais caciques do PSDB em São Paulo para avaliar a situação econômica do país.
FHC entrou na brincadeira de ser culpado por todos os erros do governo, como acusam os petistas e, por sugestão do líder do PSDB no Senado Cássio Cunha Lima (PB), tirou uma foto em que aparece segurando um cartaz com uma nota de R$ 2 escrito “Foi FHC”, uma referência à criação do Plano Real, em 1994, que trouxe estabilidade econômica ao país. O cartaz foi escrito pelo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
Depois do encontro, Cunha Lima disse que o entendimento é que a crise é grave e que a Medida Provisória 669 que reduz as desonerações agrava o quadro recessivo. Os tucanos acreditam ainda que há a expectativa de a inflação continuar sob alta pressão. Apesar de ser alvo de ataques do PT, Fernando Henrique alertou aos tucanos que é preciso ter cautela e responsabilidade neste momento do país.
Segundo relatos, Fernando Henrique disse que o momento não é de “pirotecnia” e que o governo está muito frágil. O PSDB não vai defender a tese do impeachment. Segundo relatos, o ex-presidente deixou claro que este não é o caminho. Mas a avaliação foi de que a presidente Dilma Rousseff está “perdida” e que é preciso verificar se prevalecerá suas decisões ou as da equipe econômica comandada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
“O governo está quebrado: há corte nos investimentos e aumento da caga tributária", disse Cássio Cunha Lima. O tucano critica a falta de cortes na máquina pública. “O governo não toma uma só medida para reduzir os cargos de confiança e por fim ao aparelhamento do Estado", criticou o líder tucano. (Jornal Estado de S. Paulo)
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