A mulher de costas com a blusa da Polícia Civil é servidora do Estado,
mas não é policial civil. Foto: divulgação/Sinpol.
Sob nova direção desde novembro de 2014, o Sindicato dos
Policiais Civis (Sinpol) está buscando reformular a entidade de classe e buscar
melhorias para a categoria. Na última sexta-feira (30), a diretoria da
instituição recebeu uma denúncia anônima informando sobre funcionários atuando
de forma ilegal na delegacia de Agrestina, no Agreste de Pernambuco.
Representantes do Sinpol foram à delegacia do município e
identificaram que quatro dos cinco policiais eram funcionários de outras
secretarias do Estado e estavam trabalhando como policiais civis, com direito a
arma na cintura e farda da corporação. Na delegacia, havia apenas um policial
concursado. No mesmo dia em que houve o flagrante, foi registrado um homicídio,
durante a festa do padroeiro da cidade.
Segundo o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, os
funcionários, que atuavam como “araques” (gíria interna da categoria para se
referir a funcionários que trabalham na delegacia, desempenhando serviços
administrativos, mas não são policiais), estão oficialmente lotados na
secretaria de educação e saúde do Estado, mas um deles atua de forma ilegal há
13 anos na delegacia cumprindo a função de policial civil.
De acordo com o levantamento do sindicato, o fato não é
isolado e a entidade está mapeando outras unidades com registros semelhantes.
Blog: O Povo com a Notícia