As ações da Petrobrás foram destaque de queda na Bovespa nesta quinta-feira, (25). Os papéis ON da estatal caíram 4,38% e os PN, 4,55%. Nesta quinta, foi divulgada a informação de que o juiz que comanda a primeira audiência da ação coletiva contra a estatal em Nova York decidirá em até duas semanas o destino da ação, segundo informou o Diário do Poder.
O processo pode ser encerrado, como pede a empresa brasileira, ou a ação pode prosseguir, como querem os fundos, que reclamam prejuízos milionários causados pelo esquema de corrupção na companhia. Com o recuo da Petrobrás, a Bovespa encerrou com perda de 1,24%, aos 53.175,66 pontos.
O juiz federal Jed Rakoff afirmou, após uma audiência que durou cerca de 90 minutos, que vai analisar os documentos e os argumentos apresentados pelos advogados da defesa da Petrobras e os que representam os investidores. A audiência realizada nesta quinta foi a primeira da ação coletiva. Rakoff ouviu por cerca de meia hora os advogados de acusação e defesa e fez uma série de perguntas sobre o esquema de corrupção na Petrobras e os envolvidos.
Roger Cooper, advogado do escritório Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, que defende a Petrobrás, argumentou que a estatal foi uma vítima do esquema de corrupção e que apenas quatro executivos sabiam das operações irregulares de pagamentos de propina - Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco, Renato de Souza Duque e Nestor Cerveró.
Ele afirmou acrescentou que os ex-presidentes Graça Foster e José Sergio Gabrielli não tinham conhecimento do esquema. Cooper argumentou ainda que as perdas com propinas, estimadas em US$ 2,5 bilhões, são pequenas perto do tamanho da Petrobras.
Já o advogado do Pomerantz, escritório que representa os investidores, Jeremy Lieberman, ressaltou que há uma série de indícios de que a alta administração da Petrobras sabia do esquema de corrupção, inclusive Graça e Gabrielli, e que as operações também eram conhecidas pelo governo brasileiro e pelo Partido dos Trabalhadores.
Ele citou ainda a compra inflada da refinaria de Pasadena, no Texas, que também envolveu o pagamento de propinas. Lieberman ressaltou que as estimativas divulgadas pela Petrobras sobre as perdas com corrupção não são confiáveis.
Blog: O Povo com a Notícia