As sobreviventes do estupro coletivo realizado no mês passado em Castelo do Piauí (PI) participaram ontem de uma audiência sobre o caso. Um das vítimas permanece internada, mas recebeu liberação dos médicos para comparecer à delegacia. Ela prestou depoimento acompanhada de enfermeiros e psicólogos.
A jovem está hospitalizada há 29 dias e se recupera de um traumatismo craniano. As três vítimas foram ouvidas na companhia dos pais. Foi a primeira vez que as sobreviventes se encontraram após o crime. “Foi muito emocionante, elas se abraçaram”, contou o promotor Cesário Cavalcante.
Segundo o promotor, as meninas não têm conhecimento de toda extensão dos fatos. “Mas dentro dos limites delas, da forma em que se encontram, foi muito proveitosa a audiência, as declarações delas”, avaliou.
Na sua opinião, o que elas relataram e as informações levantadas até o momento são suficientes para afirmar que “não há dúvidas da participação do Adão e dos menores no estupro coletivo”. No total, a sessão durou aproximadamente duas horas e meia. Cavalcante explica que estão encerradas as audiências sobre o caso e agora tem início a etapa das alegações finais.
O promotor informou que o juiz deve anunciar a sentença no dia 10 de julho. O Ministério Público do Piauí pediu pena de 151 anos de prisão para Adão José de Sousa, 40, apontado como o líder do crime. A pedido dos médicos e da família, a vítima internada não ficou sabendo da morte de Danielly Rodrigues Feitosa, 17, a quarta vítima do estupro coletivo.
No encontro, a garota internada chegou a perguntar por Danielly, mas as amigas disseram que ela já tinha ido embora. As quatro amigas foram atacadas por cinco homens - um adulto e quatro adolescentes -, amarradas, violentadas sexualmente e empurradas do alto de um morro, em 27 de maio. (Via: Correio)
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