Sob refletores, o ministro petista Edinho Silva continua prestigiado no cargo. Longe dos holofotes, pelo menos dois integrantes do chamado conselho político do governo avaliam que o chefe da pasta de Comunicação Social da Presidência deveria deixar o cargo. Não discutem a idoneidade do ex-tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff. Apenas argumentam que: 1) ele perdeu as condições políticas para executar suas tarefas. 2) sua presença no Planalto mantém a crise do lado da presidente.
Um dos defensores da saída de Edinho raciocina: antes da delação do empreiteiro Ricardo Pessoa, a atribuição do ministro era cuidar da imagem de Dilma. Agora, ele tem de salvar a própria imagem. O outro partidário da tese reforça: se Edinho ficar no cargo, a crise da tesouraria da campanha de 2014 vai virar a maçaneta da sala de Dilma diariamente.
Na entrevista que concedeu neste sábado para assumir o papel de biombo de Dilma, Edinho ouviu a fatídica pergunta: vai colocar o cargo à disposição? “Meu cargo sempre está à disposiçao”, ele respondeu, secamente. “Quem contrata e exonera é a presidenta Dilma.” Questões desse tipo passarão a perseguir o ministro.
Sociólogo, Edinho virou ministro há escassos três meses. Assumiu no lugar do jornalista Thomas Traumann, cujo pescoço foi à guilhotina depois que vazou um texto em que diagnosticava o “caos político” do segundo reinado de Dilma. A presidente hesitou em nomear seu ex-caixa. Mas cedeu às pressões do PT. (Via: Josias de Souza)
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