Dono de declarações polêmicas, o
deputado estadual Joel da Harpa (PROS) subiu à tribuna da Casa Joaquim Nabuco,
nesta segunda-feira (1º), para defender a redução da maioridade penal. “Os
jovens merecem toda a atenção do Estado, mas as pessoas não podem ficar à mercê
de marginais de 16 anos de idade”, disse o deputado, que é suplente na Comissão
de Direitos Humanos da Alepe.
Com discurso cercado
de conservadorismo, o deputado também parabenizou o presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha, por ter retomado a votação da Proposta de Emenda à
Constituição no Congresso Nacional que pretende reduzir para 16 anos a idade
mínima para que infratores respondam penalmente por condutas ilícitas.
“Desde 1993 essa proposta
é protelada em Brasília e ninguém teve coragem de colocá-la em votação”,
comentou Joel da Harpa, que esteve à frente da greve da Polícia Militar, ano
passado.
O deputado Beto
Accioly (SD) também se posicionou a favor da redução da maioridade penal. No
entanto, os demais parlamentares que fizeram apartes manifestaram opinião
contrária. “Menos de 1% dos crimes violentos letais têm envolvimento de jovens
de 16 anos”, defendeu a petista Teresa Leitão.
“Discutir a idade de
quem cometeu o crime, sem analisar a natureza do ilícito, não resolve em nada”,
ponderou Priscila Krause (DEM). “A recuperação do jovem não está nos presídios,
porque todos estão falidos”, comentou Pedro Serafim Neto (PDT). Também fizeram
apartes os deputados Edilson Silva (PSOL), Cleiton Collins (PP), Professor
Lupércio (SD) e Zé Maurício (PP).
Semana passada, Joel
da Harpa subiu à tribuna para argumentar que “bandido que troca bala com a
polícia tem que morrer”. “Entre morrer o policial e morrer o bandido, eu
continuo dizendo que prefiro que morra o bandido, que ele pague com a vida”,
afirmou ainda. “Prefiro que morra mil bandidos, do que que morra um policial”,
repetiu o parlamentar, um dos líderes da greve da Polícia Militar, no ano
passado.
Mesmo integrando a
bancada evangélica, Joel da Harpa também
defendeu a instituição da pena de
morte no País “porque ela não seria proibida por Deus”. (Via: Alepe/Jamildo)
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