A morte de uma criança de 11 anos, causou a revolta da dona de casa, Irislene da Silva, que tentava a transferência do filho para um hospital em Recife. O menino estava internado no Hospital Dom Malan (HDM), em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. O garoto chegou a ser transferido. Mas, no meio do caminho, faltou oxigênio na ambulância e ele teve que ser levado as pressas até o Hospital de Santa Maria, também no Sertão do Estado. Após algumas horas, o menino retornou para Petrolina, onde aguardou uma nova transferência.
A criança de 11 anos tinha três tumores malignos espalhados pelo corpo. Na última sexta-feira (21), após piorar o estado de saúde do menino, Irislene levou o filho até o HDM. Como a situação era grave, os médicos decidiram por fazer uma transferência para Recife. O procedimento deveria ter sido realizado no domingo (23). Mas, segundo a mãe da criança, houve uma sucessão de erros.
“A ambulância chegou só com o motorista e técnico de enfermagem. Só chegaram eles dois. A ambulância sem nenhuma estrutura para levar meu filho. Os oxigênios estavam abaixo do meio, todos os dois”, relata Irislene da Silva.
De acordo com informações da mãe do menino, o oxigênio da ambulância só foi suficiente para chegar até Santa Maria da Boa vista. Ao chegar no município, a criança teve que ser atendida de urgência e retornou para Petrolina. A mãe disse ainda que a equipe da ambulância não tinha sido informada sobre a gravidade do caso.
“Quando nós viemos de Santa Maria, ele disse para mim: ‘Olhe, tinha que vir um médico, uma equipe médica. Não disseram para a gente mãe, a gravidade do seu filho’. Não disseram nada para eles”, informou Irislene. Ao chegar em Petrolina, a dona de casa disse que o garoto teve que ser entubado, enquanto aguardava uma nova transferência.
A criança não resistiu a espera e morreu no fim da tarde do domingo (23). Em nota, a direção do HDM informou que prestou toda a assistência necessária para o garoto e que no momento da remoção do paciente para a capital, ele apresentava um quadro clínico estável. O hospital reconheceu que houve problemas técnicos na ambulância que transportava a criança, mas que o menino morreu em decorrência da gravidade da doença. (Via: G1 Petrolina)
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