A Polícia Federal em Pernambuco através da Delegacia de Polícia Federal em Caruaru, cumpriu na tarde desta terça-feira, dia (29) por volta das 14:00, um Mandado de Prisão Preventiva expedido pela Justiça Eleitoral da 35ª Zona Eleitoral em desfavor da ex-Prefeita de Bezerros, ELIZABETE MARIA SILVA DE LIMA, conhecida como “Bete de Dael”, de 53 anos. A prisão se deu em Bezerros, quando ela havia saído de casa e estava chegando para uma reunião no Clube de Diretores Lojistas de Bezerros.
A ex-prefeita teria faltado a audiências que tinha se comprometido a comparecer bem como testemunhas afirmam que foram pressionadas a mudar o depoimento que haviam prestado na época de sua prisão. Após exame de corpo de delito no IML-Instituto de Medicina Legal em Caruaru a ex-prefeita foi conduzida até a Colônia Penal Feminina no Bom Pastor em Recife onde ficará à disposição da Justiça Federal.
RETROSPECTO: No dia 14.06.2012, policiais federais através de investigações que foram motivadas por um pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE) dando conta que tanto a ex-prefeita (ELIZABETE MARIA SILVA DE LIMA) e o seu marido (JOSÉ VALDIEL) estariam cometendo crime eleitoral, por meio de doação de cestas básicas e dinheiro a eleitores em troca da promessa de votos, inclusive com as pessoas informando o número do título de eleitor, o que configuraria a prática de crime eleitoral pela compra de votos.
Na época a Justiça Eleitoral havia solicitado o cumprimentos de buscas na residência da ex-prefeita com o objetivo de colher provas e indícios dessa prática criminosa. No local foram apreendidas duas cestas básicas que estavam com populares nas imediações da casa da prefeita, pelo menos seis papéis assinados pela política autorizando a entrega de cestas básicas (compra de votos), além de um revólver (posse ilegal de arma) e dois papagaios (criação clandestina de animais silvestres sem autorização do Ibama).
Na ocasião, além do casal, mais 12 pessoas foram levadas à sede da PF em Caruaru, por volta das 12:30, para prestar esclarecimentos sendo liberados por volta das 21:30, após pagamento de 30 salários mínimos (R$ 18.660) de fiança cada um perfazendo um total de R$ 37.320,00 e ficaram respondendo ao inquérito em liberdade.
A prefeita, na ocasião, negou que estivesse comprando votos, informando que faz atendimento público em sua casa há muitos anos e que a ajuda que dá aos eleitores é com recursos próprios.
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