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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Tucanos discutem apoio e participação em eventual governo Temer

O agravamento da crise no governo Dilma Rousseff (PT) levou o PSDB a discutir, internamente, que papel a sigla deve exercer caso a petista deixe a Presidência e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assuma.
Reportagem do jornal Folha de S. Paulo mostra que, nesse cenário, é consenso entre os tucanos que o PSDB será obrigado a participar de um "acordo para dar sustentação política" à nova gestão no Congresso Nacional. Em contrapartida, há uma expectativa de que Temer se comprometa a não disputar a reeleição.

Há divergências, no entanto, se devem integrar ministérios em um eventual mandato do peemedebista. Dois dos principais nomes da sigla, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, avaliam que o partido não deve indicar quadros.
Em reuniões com aliados ao longo da última semana, Aécio deixou claro que, ainda que seja inevitável a sigla pactuar um acordo em torno de um programa de governo Michel Temer no Congresso, não quer que o partido endosse indicações na Esplanada.
Alckmin também defendeu a auxiliares que o PSDB não participe de uma eventual gestão Temer. Publicamente, o governador deu pistas de sua posição sobre o assunto.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso participa dessas discussões. Ele esteve com Temer recentemente, em um encontro privado. Em artigo publicado no último dia 6, avaliou que a queda de Dilma por si só não cessaria a instabilidade no país e defendeu a formação de "um novo bloco de poder".
A aliados, FHC disse que, caso Dilma caia, "o PSDB poderá se ver obrigado" a participar de um acordo com Temer "para não parecer que joga contra o país". O ex-presidente avaliou que "chega uma hora que você não faz o que quer, faz o que é preciso".
Blog: O Povo com a Notícia