Durante a Reunião Plenária desta
terça (17), o deputado Joel da Harpa (PTN)
classificou como “absurdo” o anúncio feito, ontem, pela Secretaria de Defesa
Social (SDS) de que o edital do concurso para soldado da Polícia Militar seria
ajustado para permitir a participação de travestis e transexuais. O documento
original, publicado em março, considerava essas condições como fatores de
inaptidão na avaliação médica e, portanto, de eliminação do processo seletivo.
“Coloco
aqui a minha indignação com a mudança do edital. Para ser policial, antes de
tudo, precisa ter um perfil. O policial representa a força e, muitas vezes, a
repressão do Estado. Um travesti vai ficar numa situação difícil. Estamos
criando um problema para o futuro”, disse o deputado, que considerou, porém,
aceitável um policial com tendência para a homossexualidade.
Em
resposta, o líder do Governo, Waldemar Borges (PSB),
afirmou estar impressionado com a “perturbação” gerada pela questão e
preocupado com o risco de “atropelar avanços consagrados na civilização humana
e nas leis”. “O edital deve estar de acordo com o que determina a Constituição
Federal de 1988, que estabelece que ninguém pode ser discriminado em função da
orientação sexual”, avaliou.
Blog: O Povo com a Notícia