De
acordo com o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Pernambuco,
Eduardo Geovane de Freitas, apenas nos primeiros cinco dias de dezembro foram
registradas 358 denúncias relacionadas ao não pagamento da primeira parcela do
13º salário no estado. Por lei, a primeira parte do benefício deveria ter sido
paga até o último dia útil do mês de novembro. Em média, até agora, foram
registradas 71,6 denúncias por dia.
Nos próximos dias, o número
deve aumentar exponencialmente, se comparado à progressão dos anos anteriores.
O número já registrado representa um aumento de, no mínimo, 38% em relação à
média registrada em 2015, que chegou a 51,7 denúncias diárias. Entre os dias 1º
e 18 de dezembro do ano passado, foram 879 denúncias, contra 343 empresas,
todas referente à primeira parcela do 13º.
Dos dias 21 de dezembro de 2015
a 14 de janeiro deste ano, foram outros 363 casos, relacionados à segunda
parcela, que deve ser repassada aos funcionários impreterivelmente até o dia 20
de dezembro.
Em 2014, no entanto, o número
era 55% menor em relação a 2015. Dos dias 2 a 19 de dezembro, a SRTE-PE
contabilizou 566 denúncias de inadimplência do décimo terceiro, com média de
33,29 casos por dia. Entre os dias 22 e 29, que correspondem à segunda parcela
da gratificação, foram outras 358 denúncias.
Entre as categorias que mais
sofrem com a inadimplência dos empregadores com relação ao 13º salário, o
primeiro lugar é ocupado pelos trabalhadores terceirizados, como funcionários
de limpeza, vigilância e condomínios.
O segundo lugar ficou com o
comércio, a exemplo de postos, oficinas, locações, informática, planos de
saúde, salões, gráfica, consultoria, seguido pelo ramo da alimentação, com supermercados,
bares, restaurantes e padarias. Em seguida, ficaram os setores de educação,
saúde, construção civil e, em último, indústrias, clubes de futebol e hotéis.
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